Ontem voltei aos Duatlos Olímpicos! Há muito que não fazia um. São duros, duros, duros. Nada que não soubesse!! Há coisas que não se esquecem!
O palco da prova foi Torres Vedras. Era o meu regresso ali passados uns 10 anos. Foi onde fiz um dos meus primeiros Duatlos Sprint. A envolvente da prova é muito agradável. A corrida é efectuada no jardim em voltas de 2,5km. O ciclismo disputado num percurso 6,5km de dureza media. Suficiente para quebrar quem não tem pernas.
Cheguei cedo para preparar tudo tranquilamente. A minha preocupação era o tempo. Chovia e o piso estava bastante molhado. Mas o céu foi clareando e a chuva desapareceu. Não houve Sol, nem chuva. Apenas um pouco de vento e uma temperatura muito agradável.
A prova em si:
A ideia era correr os 1ºs 10km a um ritmo não muito forte e que me permite-se sair à frente de alguns bons ciclistas. Assim que deu a partida, percebi que o Paulo Santos, Duarte Barreto e o Pedro Cordeiro iam num ritmo muito parecido ao meu. Fui com eles até aos 6km. Era o ritmo certo. Para evitar problemas na T1 distancia-me deles uns 20 a 30s por forma a garantir que não iria perder o grupo na transição.
Comecei o ciclismo com algumas dificuldade. O normal. Preocupava-me mais o facto de os sapatos me estarem sempre a saltar dos encaixes dos pedais:( Fiz a prova numa bicicleta que uso para fazer rolo. Não a testei conveniente e o aperto das travessas ia muito solto. Foram inúmeras a vezes que me saltaram os pés dos pedais:(
Já dentro da 2º das 6 voltas de ciclismo fui alcançado pelo Paulo, pelo Duarte e pelo Pedro. Vinha tb com eles o Bruno Silva. Era o andamento perfeito para mim. Ia confortável mesmo nos locais mais selectivos.
No entanto, já na 3ª volta fomos dobrados por um grupo numeroso. Alguns elementos do nosso grupo “colaram”. Decidi ir. Grande erro. O ritmo passou de confortável a difícil. Em determinada parte mais selectiva, resisti, mas fui ao limite. Comecei a sentir pontadas nas pernas e entrei em dificuldades.
Não tardou muito para que um misto de falta de pernas e os pés a saltar dos pedais, me deixarem “pregado” e o grupo ir-se. Pensei que até poderia ser positivo. Aquele não era o meu ritmo. Esperei novamente pelo grupo onde vinha o Bruno e o Vítor. Mas assim que fui alcançado perto do final da 4ª volta, tive uma cambrea no bíceps da perna direita que me obrigou quase a parar. Fui-me a debater com ela durante uns minutos. O grupo foi-se e a partir dai só me restava ir devagar na esperança de não voltar a ter cambreas.
Para piorar as coisas, quando preparava a T2, um dos sapatos caiu e tive que voltar para trás para o ir buscar. Coisas de principiante. Finalmente fiz a T2 e tentei correr o melhor que conseguia os últimos 5km.
No final 2h13m e claro, sempre aquela satisfação de terminar!
Olhando ao resultado final, acho que sem problemas físicos, poderia ter ficado abaixo das 2h10m. Mas eles fazem parte das provas. A verdade é que a geri mal. Arrisquei demasiado no ciclismo. Poderia ter resultado. Mas dado o tipo de treino que tenho e o percurso, o mais provável era suceder o que aconteceu.
Um palavra de apreço para a equipa! O Bruno não me deixa de surpreender. Mesmo com pouco treino, fez uma prova muito consistente. Muito bem gerida. E o vítor, que dizer! Estreia em Duatlos Olímpicos após uma operação e anda daquela maneira! Muito bom!
Agora é descansar até ao Triatlo Longo de Lisboa. No dia 5 de Maio. Ai a dureza vai ser outra. Mas já mete água:)
Bons treinos!!
