Monday, 9 May 2016

Triatlo Longo de Lisboa 2016



No passado Sábado voltei a competir no Triatlo Longo de Lisboa disputado na distância HIM(1900m natação, 90km ciclismo, 21km de corrida).
Já perdi a conta das vezes que participei. É daquelas provas, que haja condições físicas e financeiras, faço questão de estar na linha de partida.
Este ano servia para testar o corpo em provas longas, a caminho do IM que aí vem.

Infelizmente as condições meteorológicas não ajudaram á festa. Além de terem dificultado muito as condições de prova, retiraram todo o aspecto festivo á competição. A socialização inicial, os aplausos e incentivos, a festa no final, etc. Para mim as provas não são só o momento da competição, é toda a envolvente.  

Pessoalmente, nunca receei as condições do tempo e nunca me passou pela cabeça abandonar. Era igual para todos. Além disso, por norma, suporto bem o frio.

Este ano, o plano para a prova ia em linha com o treino de Inverno. Estou a nadar melhor, com volume na bicicleta mas sem qualidade e com consistência na corrida. A ideia passava por nadar mais rápido que em outros anos, pedalar de forma conservadora (mas não demasiado) e ver o que dava a corrida.

E assim comecei. Procurei nadar rápido. Á base de braços, pouca ou quase nenhuma perna. Forçar um pouco. Tirando a parte inicial em que tive que parar algumas vezes porque me ia a entrar agua nos óculos, o segmento até me correu bem. Dentro do pretendido.

Começava o ciclismo. Inicialmente com vento pelas costas, o que ajudava…a enganar J. Comecei prudente como sempre, mas rapidamente percebi que estava a perder tempo para as minhas referências. Nem me ia a sentir bem, nem mal. Simplesmente não conseguia forçar o andamento.
Percebi que me defendia bem na subida de Sta Iria, mas que contra vento, perdia tempo. Fui indo, sempre com a sensação de estar longe de onde devia ir.

Mas nem tudo era mau, cheguei á corrida com uma sensação de menor desgaste que em anos anteriores. Podia ser que a corrida fosse positiva.
Mas não foi. As sensações não eram as melhores e fui sempre a travar o andamento. A partir dos 14-15km as pernas começaram a pesar toneladas, já não chegava ter a sensação de ir bastante atrás de onde queria, ainda ia ter que entrar em modo de sofrimento limite.

E assim foi, resisti, terminei! Praticamente 5h10’ de prova, sempre debaixo de temporal. Nunca senti frio, sentia-me tenso, meio petrificado, mas não propriamente com frio. Seguramente fiz mais 10’ do que aquilo que queria ter valido. Olhando aos tempos finais, deveria ter pedalado e corrido 5’ menos.

Só após cortar a meta me apercebi do frio. Mal parei, comecei a sentir arrepios de frio e tive que rapidamente me ir aquecer.

Obviamente o resultado não me deixou satisfeito e não há desculpas. Estava igual para todos. Nem sou de ter dias bons e maus.  Ligeiramente melhores e piores talvez, mas não grandes oscilações.
Há que tirar conclusões, ser realista e continuar a acreditar nos princípios. Repetição, consistência e paciência.

A parte que mais me preocupa nem é o resultado, mas sim o estado em que estou. Nunca as minhas pernas ficaram tão destruídas. Os 7km finais em modo desfeito deixaram marcas. Estou a 7 semanas do IM, altura crucial do treino.  Precisava recuperar rapidamente.

Keep moving.


Bons treinos!