No passado Sábado
voltei a competir no Triatlo Longo de Lisboa disputado na distância HIM(1900m
natação, 90km ciclismo, 21km de corrida).
Já perdi a
conta das vezes que participei. É daquelas provas, que haja condições físicas e
financeiras, faço questão de estar na linha de partida.
Este ano
servia para testar o corpo em provas longas, a caminho do IM que aí vem.
Infelizmente
as condições meteorológicas não ajudaram á festa. Além de terem dificultado
muito as condições de prova, retiraram todo o aspecto festivo á competição. A
socialização inicial, os aplausos e incentivos, a festa no final, etc. Para mim
as provas não são só o momento da competição, é toda a envolvente.
Pessoalmente,
nunca receei as condições do tempo e nunca me passou pela cabeça abandonar. Era
igual para todos. Além disso, por norma, suporto bem o frio.
Este ano, o
plano para a prova ia em linha com o treino de Inverno. Estou a nadar melhor,
com volume na bicicleta mas sem qualidade e com consistência na corrida. A
ideia passava por nadar mais rápido que em outros anos, pedalar de forma
conservadora (mas não demasiado) e ver o que dava a corrida.
E assim
comecei. Procurei nadar rápido. Á base de braços, pouca ou quase nenhuma perna.
Forçar um pouco. Tirando a parte inicial em que tive que parar algumas vezes
porque me ia a entrar agua nos óculos, o segmento até me correu bem. Dentro do
pretendido.
Começava o
ciclismo. Inicialmente com vento pelas costas, o que ajudava…a enganar J. Comecei prudente como sempre, mas rapidamente
percebi que estava a perder tempo para as minhas referências. Nem me ia a
sentir bem, nem mal. Simplesmente não conseguia forçar o andamento.
Percebi que me defendia bem na subida de Sta Iria, mas que contra vento, perdia tempo. Fui indo,
sempre com a sensação de estar longe de onde devia ir.
Mas nem tudo
era mau, cheguei á corrida com uma sensação de menor desgaste que em anos anteriores.
Podia ser que a corrida fosse positiva.
Mas não foi. As sensações não eram as melhores e fui sempre a travar o andamento. A partir dos 14-15km as pernas começaram a
pesar toneladas, já não chegava ter a sensação de ir bastante atrás de onde
queria, ainda ia ter que entrar em modo de sofrimento limite.
E assim foi,
resisti, terminei! Praticamente 5h10’ de prova, sempre debaixo de temporal.
Nunca senti frio, sentia-me tenso, meio petrificado, mas não propriamente com
frio. Seguramente fiz mais 10’ do que aquilo que queria ter valido. Olhando aos
tempos finais, deveria ter pedalado e corrido 5’ menos.
Só após cortar
a meta me apercebi do frio. Mal parei,
comecei a sentir arrepios de frio e tive que rapidamente me ir aquecer.
Obviamente o
resultado não me deixou satisfeito e não há desculpas. Estava igual para todos.
Nem sou de ter dias bons e maus. Ligeiramente
melhores e piores talvez, mas não grandes oscilações.
Há que tirar
conclusões, ser realista e continuar a acreditar nos princípios. Repetição, consistência
e paciência.
A parte que
mais me preocupa nem é o resultado, mas sim o estado em que estou. Nunca as
minhas pernas ficaram tão destruídas. Os 7km finais em modo desfeito deixaram
marcas. Estou a 7 semanas do IM, altura crucial do treino. Precisava recuperar rapidamente.
Keep moving.
Bons treinos!