Wednesday, 28 September 2016

Triatlo de Cascais



Domingo foi dia de voltar a competir num Triatlo. Foi o meu regresso aos Triatlos depois do Iron Man.

Este ano optei por fazer a prova Olympic Plus (1.1km natação, 50km ciclismo, 10,5km de corrida) e não a prova longa (1.9 km natação, 90Km ciclismo, 21 km corrida) que é a prova principal.
Várias razões contribuíram para tal. Razões financeiras, o facto de a maioria dos atletas do clube ir fazer esta distancia e obviamente a vontade de desanuviar da pressão logística/familiar que preparar as provas longas exige.

Alem do mais, continuo a gostar das provas mais curtas, se bem que uma prova onde esperas competir por mais de 2h30’ não se pode considerar curta…
Não fiz nenhuma preparação especifica para o evento. Sabia de antemão que estava a nadar bem, a pedalar menos bem e a correr medianamente. A estratégia passava por atacar a natação, ser prudente no ciclismo e ver o que dava a corrida.

A prova
A partida foi algo confusa. Algum atraso por parte da organização, rectificações da colocação das bóias de ultima hora. Enfim, no mínimo, estranho.
E acabei por cometer um erro de colocação. Por norma não me coloco na linha da frente. Deixo-me ficar mais resguardado atrás dos melhores nadadores. Só que neste caso, a maioria dos atletas (e nadadores) estava inscrito na prova longa. Resultado, demorei imenso tempo para conseguir encontrar o meu espaço e conseguir nadar como queria. A partir dos 600-700m comecei a ter a sensação de estar a nadar muito isolado. Poucas eram as toucas que via á minha frente e ao meu lado. Algo estranho, mas a bater certo com o menor nível de natação do “pelotão”. Os números não enganam. Sai da agua perto do 20º, num “pelotão” de mais de 200. Numa prova “normal” teria saído em 70-80.

Esta noção ficou ainda mais presente no ciclismo.  No 1º retorno da Malveira, percebi que deveria ir muito perto dos 10 primeiros. Este era o segmento onde tinha mais receios. Dado o vento forte de norte que se fazia sentir, procurei forçar no sentido contra o vento e na subida. Na descida e na secção rolante com vento pelas costas, procurava retemperar-me um pouco. As sensações até estavam a ser boas. As pernas estavam a reagir.

Sai para a corrida em 7º lugar (não fazia a mínima ideia do lugar exacto) e sendo o meu segmento mais fraco, esperava perder alguns lugares. Mas não, singularmente corri completamente isolado. Ia tão distante do 6º que nem o via e nunca me preocupei a olhar par atrás. Percebi apenas no retorno dos 5km, que o 8º vinha bastante perto. Não ia a correr bem nem mal. Ia a correr, e isso era positivo.
Acabei por terminar ao sprint com o 8º classificado e já sem nada para dar e ser ultrapassado a 10m da meta :)

No final alguns sentimentos mistos. Soube bem andar na frente da prova (embora uma frente relativa, porque os da frente iam muito á frente), mas a sensação de correr isolado não é boa. Correr com um grupo, com referencias é muito melhor.

A maior satisfação veio de assistir ao comportamento colectivo do 3B. Fizemos todos provas consistentes, boas classificações, e isso traduziu-se numa vitória colectiva que nos passou despercebida :) Um feito engraçado, que apesar do clube existir para trazer todos os tipos de pessoas para a modalidade, mostra que já existe um grupo com um nível competitivo bom.
Agora é criar as condições para que ainda possamos melhorar mais, continuando a abraçar todos aqueles que se querem juntar a nós pelo puro prazer de praticar desporto e enfrentar o desafio de fazer Triatlo.

Um ultima nota para a organização. Eu sei que organizar uma prova desta exige um enorme esforço. Só por ai tenho que dar mérito a quem se mete nisto. Mas este ano houve algumas falhas. Acontecem sempre, mas penso que muitas evitáveis. Eu nem sou muito exigente com as falhas, dou mais importância aos contactos. São eles que moldam as sensações. Continuo a achar que falta simpatia, disponibilidade, genuinidade na organização. Quando comparo com a minha experiencia no Tri Man na Galiza, nada a ver. Desde de os resposáveis aos voluntários. Não basta o local, tem que estar tudo em uníssono.


Quanto a próximas provas de Triatlo, não faço ideia neste momento J

Monday, 12 September 2016

Duatlo do Estoril 2016



Marcou o meu regresso ás competições de Duatlo/Triatlo depois do Iron Man.
Não tinha nenhum objectivo competitivo. Testar as pernas, desfrutar das 5 voltas á pista do autódromo e acompanhar alguns elementos do 3B que iam experimentar fazer um Duatlo de Estrada.

Se me sentia recuperado do IM? Várias vezes me têm perguntado isso. A resposta, não sei.
Preocupa-me mais o cansaço psicológico que o físico. Quando investes muito tempo em algo, quando o desfrutar já se mistura com a obrigação, há um risco de a determinada altura a motivação ir-se.  Que leva a um afastamento. Nunca foi a minha relação com a modalidade.

Fisicamente sinto-me saudável. Se me sinto super? Não, de todo. Há dias em que me sinto mais cansado que em outros. Tem-me custado colocar intensidade na bicicleta. Mas já fiz boas sessões de corrida e de natação. Se o cansaço vem do IM?. Difícil de dizer. Quando és amador e tens n factores a colocar stress no dia a dia, dizeres que é daqui ou dali é estar meramente a adivinhar.

O dia estava convidativo á pratica da modalidade. Só o vento destoava. Algo forte, de frente em algumas zonas do circuito e a tornar algumas curvas rápidas mais perigosas.

A prova acabou por me correr como os treinos. Uma corrida razoável um ciclismo mais sofrido que o esperado. Esperava sentir-me melhor na bicicleta, ter mais disponibilidade para ajudar o grupo, não sofrer tanto com as mudanças de andamento, etc. Mas na realidade, é exactamente assim que me tenho sentido nos treinos, por isso, esperava algo que era pouco provável acontecer J

A performance global até foi aceitável e todos os elementos da equipa tb terminaram a prova, o que me deixou satisfeito.

Menos positivo foi o facto de não haver mais atletas a participar. É uma prova num local simbólico, com excelentes condições de acesso e de prova e com uma boa organização. Penso que a data, o facto de a prova não estar incluída na Taça de Portugal, ser apenas considerada uma prova aberta e haver um Triatlo no mesmo dia no Norte, não ajudou a compor a moldura humana e a aumentar o nível competitivo!

Voltei a competir dia 24. De volta aos Triatlo. Triatlo de Cascais, na distancia Olímpica.

Bons treinos!!