Na distancia Sprint (750m, 20k, 5km). Foi a minha 2ª vez em
São Martinho do Porto. O que faz de mim totalista 😊
Foi um regresso depois de um período com limitações de saúde
e descobertas algo surpreendentes sobre o envelhecimento dos atletas de
endurance. Nada de preocupante.
Tinha alguma semanas consistentes de treino, por isso
sentia-me preparado para o desafio. Embora sem saber o que estava a valer em qualquer
dos segmentos.
O dia estava invernoso. Chuva e vento Sul moderado. Igual
para todos, mas não o ideal, devido à perigosidade acrescida do piso molhado no
ciclismo.
Fui atempadamente, tranquilamente fiz o meu aquecimento, ainda deu tempo para algumas conversas sociais no agrupamento para a
partida e lá fui. Não havia ansiedades, são já alguns anos nestas andanças. Era
desfrutar do momento.
A natação foi algo conturbada. Estava um “mar” com alguma
marola devido ao vento mas procurei estar focado. Navegar bem e manter a
intensidade alta sem estragar demasiado a braçada. Não comprometeu.
Com calma abordei a T1. E tb com calma, assim que agarrei na
bicicleta, ouvi uma Juíza dizer-me que me faltava o chip, que teria ficado
dentro do fato isotérmico. Nesse momento fez-se luz na minha cabeça. Ainda me
senti tentado a mexer no fato já arrumado, mas rapidamente percebi que tinha
deixado o chip no carro. Aquando do momento em que vesti o fato, tirei o chip e
não o voltei a colocar. Motivo para ser desclassificado. Há atletas que perdem
o chip durante a prova. O meu caso era diferente.
Mas resolvi rápido. A classificação ou um DNF não eram um
problema. O objetivo era mesmo fazer a prova. E lá segui para o ciclismo. Havia
que ir com cautela. O piso estava molhado, havia retornos, rotundas e zonas com
piso menos bom.
Ao fim de 500m já estava inserido num pequeno grupo no encalço
de outro grupo mais adiantado. É sempre assim. Uns grupos atrás, outros á
frente, todos a jogarem do jogo do gato e do rato.
Armei-me em voluntarioso e fui para a frente. Ia pedindo
ajuda, mas a cooperação foi quase nula. Desta vez tocou-me a mim liderar a
perseguição. Demorei quase 6km a fazer a junção e ganhei uma bela dor de pernas.
A partir dai resguardei-me e só voltei a cooperar nos últimos 5km.
Uma T2 mais demorada que o normal e lá segui para a corrida.
Sabia que devia ir bem classificado no escalão. Embora não fizesse ideia do
lugar. Dos que conheço do mesmo escalão, tinha o Luis Silva uns metros à frente
e o Paulo Lamego a vir detrás, não muito longe.
Até ia a correr, dentro do que eu corro (pouco). Aos 2km
estava ligeiramente mais perto do Luis. Mas comecei a quebrar. Perdi tempo
entre o 2º e o 3º km. Tentei voltar a focar-me e voltei a
aproximar-me, mas não o suficiente. E já dentro do ultimo km acabei por ser passado
pelo Paulo e por outro atleta, o qual viria a vencer o escalão. Terminei em 4º a uns poucos segundos do 3º. Foi tipo morrer na
praia, sem saber 😊
Mas o importante é estar na luta, viver as emoções! Muito
satisfeito com o regresso.
E é bom saber que o espirito competitivo continua. Dás por
ti a pensar se deverias ter trabalhado mais na bicicleta, ou se podias ter
entrado numa zona de sofrimento superior na corrida. Tudo meramente no campo das hipóteses e da fantasia,
foi o que foi e está feito.
Mas o momento alto do dia foi assistir à participação do Rafael Xavier na prova. O Rafael é um miúdo de 16 anos, que o ano passado veio assistir à estreia do pai dele nesta mesma prova. Ficou com o “bichinho” dentro dele e decidiu experimentar estar por dentro destas coisas.
Já tinha participado num Triatlo Super Sprint, mas neste formato e na Taça de Portugal, foi a 1ª vez. Foi a 1º vez que o 3B teve um Sub18 a participar numa competição da Taça! Fez a coisa bem feita e não ficou satisfeito com o resultado!!! Bom sinal, vai querer melhorar e voltar 😊 Foi especial Rafael.
Foi bom sentir-me saudável de novo!
Saudações desportivas e um agradecimento especial ao Grupeto! Sem vocês a condição fisica não seria a mesma. Nunca esqueço o dia que o gêmeo esquerdo ficou o dobro do outro😜
Saudações desportivas!
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