Wednesday 4 May 2011

Triatlo Longo de Lisboa 2011

Excelente momento. Participar neste evento justifica todos os sacrifícios que fazemos na sua preparação. O ambiente, um parque de transição com quase 600 bicicletas, o local, o desenrolar da prova, muito bom!

Começo por dizer que a prova não me correu de feição. O resultado foi aquém do que queria fazer.

“Congratulations Paulo on completing the Lisboa International Triathlon in a finish time of: 5:05:06”

Um resultado em linha com o esperado seria algo entre 4h55m e 5h.

Mas há que encontrar algo positivo na adversidade. Assim fico com motivação redobrada para treinar mais e cumprir da próxima vez.

O dia começou cinzento a ameaçar chuva. As primeiras horas da manhã foram tranquilas. Todo o material já estava pronto desde o dia anterior. “Checkin” feito, alguma socialização e estava na hora de me dirigir para o local da partida. Entretanto caiam as primeira gotas de chuva. A deixar adivinhar que viria mais.

10m de aquecimento na água e tudo pronto para partir. A minha estratégia para a natação passava por evitar grandes confusões na partida e fazer o segmento num ritmo moderado. E assim foi. Exactamente como queria. No final um tempo na casa dos 32m. Dentro do esperado.

Feita a T1, começava o segmento de ciclismo. Comecei prudente. A prova só começa verdadeiramente depois do km 60. Levava a lição bem estudada. Ia a controlar o intensidade pelo Ergomo (potenciómetro), pela percepção e esforço e pelo ritmo cardíaco. Não queria pedalar tão forte como no ano passado. Estava receoso da corrida. A ideia passava por controlar (mais) o segmento de ciclismo.

Apesar da chuva e do vento, o segmento foi perfeito em termos do esperado. Menos 10W de média que no ano anterior. Mas nunca quebrei. Mantive um ritmo uniforme as 4 voltas. 2h44m no final para os 89,6 km medidos no Ergomo. Procurei igualmente manter-me hidratado e alimentar-me bem.

É verdade que nunca me senti confortável a pedalar como em anos anteriores. Estranhamento o meu ritmo cardíaco estava muito baixo para a percepção de esforço. 8 a 10 batimentos abaixo do normal. As condições climatéricas podem justificar parte desta diferença, mas não toda. É um fenómeno que me tem ocorrido no ultimo mês. Mas em geral sinto-me bem!

Vinham ai os 20km de corrida. Nesta fase dou por mim sempre a pensar que a minha prova acabou de começar! Agora é que vão ser elas! Comecei a correr muito preso. E com ameaças de cambreas no bíceps da perna. Não era um bom sinal. Mas existe sempre um período de adaptação. Reduzi o tamanho da passada e aguardei. O ritmo cardiaco continuava em valores anormalmente baixos. No retorno da 2ª volta, aproximadamente aos 7km, comecei a sentir-me melhor. Naturalmente o meu ritmo aumentou. Mas infelizmente foi “Sol de pouca dura”.

Ao entrar na 3ª volta comecei a sentir enormes dificuldades. As pernas pesavam toneladas. O ritmo decaiu. Muscularmente estava acabado. Resisti mais 2km até que no retorno da 3ª volta comecei a andar. Ao contrario de anos anteriores, não andei só no abastecimento. Continuei mais tempo. Recomecei a correr mas não o consegui fazer por mais que de 1km seguido. Só sai deste anda, corre, anda, corre aos 18km. Nesta fase, mentalmente, o mais difícil já passou. De tal forma que fiz os últimos dois km abaixo dos 4m30s/km.
Procurei focar em terminar abaixo das 5h05m. Tinha que ter um objectivo para me manter “vivo”. Por 6s não consegui!

No final um parcial para o segmento de corrida de 1h42m. Bastante fraco. O ano passado corri em 1h34m depois de um segmento de ciclismo mais intenso.

Mas claro, só facto de ter terminado encheu-me de alegria. Estava feliz na meta!

Em relação ao resultado, não há desculpas. É que estou a valer. Há que treinar mais e melhor para melhorar.

A recuperação tem sido surpreendente. Normalmente o 2º e o 3ª dia após a prova são muito difíceis. Mas deste vez não. Apesar das normais inflamações musculares e de outras mazelas, tenho-me sentido muito bem. Esta semana é de recuperação.

Agora é pensar no Triatlo Longo de Aveiro já no final do mês. Pelo meio há o Campeonato Nacional em Montemor. Por motivos de gestão familiar, não deverei ir a Montemor. Mas ainda não está decido. Estive lá o ano passado e gostei da prova.

Bons treinos

1 comment:

  1. Melhor do que ninguém, sabes que o treino de forma consistentes leva-nos longe, espero que consigas treinar bem para chegares a Aveiro mais preparado e mais confiante.
    Um abraço e bons treinos

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