Já está. Mais um Triatlo Longo concluído!
E desta vez com a sensação que dificilmente conseguiria um resultado melhor. Senti que fui muito perto do meu limite.
O dia acordou meio nublado com uma ligeira brisa de Sul. A previsão não dava chuva, mas previa que o vento virasse ao Norte durante o dia. Chegou mesmo a chuviscar e por momentos duvidei da veracidade das previsão meteorológicas.
A minha estratégia de prova foi idêntica á de Lisboa. Nadar tranquilo, tentar ir contido no ciclismo e ver o que saia na corrida.
A natação correu normal, como esperado. No entanto, a partida foi algo confusa. Há muito tempo que não levava tanta “castanhada” numa partida de Triatlo. Demorei algum tempo a encontrar o meu espaço para nadar!
Como planeado, comecei prudente o segmento de ciclismo e assim tentei ir a maioria do percurso. Por vezes tive que sair da zona de conforto e “apertar” um pouco para não perder grupos. Estava vento Sul, e o retorno das voltas era todo feito contra vento. Sabia que mesmo mantendo a distancia regular, nestas condições podia beneficiar dos grupos. Por isso, ia gerindo o meu posicionamento de forma a poupar o máximo de energia no retorno. Mas cheguei a ter que forçar bem o andamento em alguns momentos. Alimentei-me e hidratei-me bem e acabei relativamente folgado o segmento.
Pela primeira vez cheguei ao segmento de corrida optimista e confiante! Mas mal comecei a correr, senti logo que não tinhas as mesmas pernas que em lisboa. Procurei não pensar muito no tema. Fui travando o andamento. Pelos meus cálculos ia correr para 1h37m. Estava a fazer cada volta em 19m30s. À entrada da 4ª volta reparei que o relógio do pórtico de meta mostrava 4h12m. Pensei que se me soltasse um pouco poderia aproximar-me das 4h50m de tempo final.
Mas aconteceu o oposto. Por volta dos 15km comecei a quebrar. Baixei o ritmo em 20s/km e comecei a entrar em modo de sobrevivência. O sofrimento começou a apertar. As pernas pesavam montanhas! Cerrei os dentes e fui indo. Felizmente, rapidamente me vi na ultima volta e nesta altura já não há nada que te pare. Terminei com 4h53m.
E claro, fiquei bastante satisfeito com a prova em si e com o resultado final. Mas admito que a forma como disfrutei da prova de Lisboa tem mais a ver com a minha relação actual com a modalidade. Sofrer qb. Embora seja bom saber que ainda consigo ir ao limite, disputar varias “batalhas” com o meu subconsciente e ganhar a guerra!
Uma palavra final de apreço ao Paulo Guedes. Partilhamos esta jornada juntos. As provas não são só o momento em que competimos. A sua abrangência é muito mais vasta. As conversas, o observar dos rituais, a socialização, etc.
A prova não te correu bem, mas fica a memoria de uma jornada desportiva muito bem passada! Que recuperes depressa e voltes ás boas prestações!
Bons treinos!