Monday 29 April 2013

O regresso ao Estoril


Decorreu ontem o Triatlo Olímpico do Estoril.

Disputei esta prova algumas vezes no passado. Por norma era a finalíssima do Campeonato Nacional e ocorria em Outubro. O traçado da prova é exigente e a envolvente excelente!

O dia estava de Sol mas muito ventoso a recomendar muita prudência no segmento de ciclismo!

Este ano tinha uma motivação extra. O meu irmão mais novo ia fazer o percurso de ciclismo integrado numa estafeta. O 1º percurso era realizado por um Ex nadador, o que me iria colocar sempre numa situação de perseguidor.

A partida era realizada da areia. Muita gente. Foi uma largada confusa e violenta! O normal nestas partidas. Mas encontrei rapidamente o meu espaço e a preocupei-me em navegar bem. A natação não comprometeu.

Sai para o ciclismo com prudência. Mal começaram as primeira acelerações percebi que as pernas não estavam lá. Podia ser da transição. Com o passar do tempo contava ir melhorando. Encontrei um grupo com um andamento certo para o meu nível, com o qual fiz praticamente todo o segmento. No entanto, fui sempre com uma sensação de esforço fora do normal. O Medidor de Potencia não mentia. As minhas pernas estavam em dificuldades.

Acabei por passar o meu irmão no inicio da 6ª volta. Para quem nunca anda de bicicleta de estrada, ia a rolar bastante bem. Tendo em conta que foi nadador, poderia ser um Triatleta de qualidade.

Para ajudar ás dificuldades, furei na ultima volta na ida para Cascais. Não me apercebi logo. Furo lento. No retorno perdi o grupo e achei que as forças se estavam a ir. Já eram efeitos do furo. Não valia a pena forçar muito, a T2 estava ali à frente. Em frente à estação do Estoril, antes da subida, comecei a sentir o alcatrão!

Imediatamente percebi o que se estava a passar. Menos mal, faltavam 500m para a T2. Acabei por fazer esses 500m sempre em pé, mas mesmo assim não consegui evitar que a corrente me tivesse saído na subida de acesso à T2. Mais uns segundos perdidos a antever o dureza que faltava.

Não sei se corri, se andei rápido no segmento de corrida. Ainda hoje essa duvida me assiste:) À parte uma cambra logo no inicio, limitei-me a por um pé à frente do outro, bem devagarinho. Há algum tempo que não me sucedia ir tão preso na corrida. Um verdadeiro arrasto. Digamos que nem ia em grande sofrimento, muscularmente estava desfeito. Não dava para mais.

Obviamente acabei por ser passado pela estafeta do meu mano. Sabia de antemão que não ia ser fácil, mas num dia melhor, poderia ter resistido durante mais tempo.

É sempre com grande satisfação que termino esta prova. Mas não gostei de voltar a sentir a sensação de arrasto na corrida. É um mau indicador. Analisando os dados do Potenciómetro, em Torres Vedras, pedalei melhor, mais confortável e depois de ter corrido 10km!

Resta a duvida. Dia mau? Falta de recuperação? Não sei. Só sei que Sábado tenho um Triatlo Longo para fazer. E não é com estas pernas que vou conseguir terminar:) Mas pronto, ainda faltam 4 dias!

Há que ter juízo e ouvir o corpo. Na linha de partida estarei certamente!

Bons treinos

1 comment:

  1. Boa Paulo e ao Mano também... O nosso corpo tem segredos que nem nós próprios por vezes conseguimos desvendar. Mas é verdade, também há dias. Olímpio

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