Tuesday 21 May 2013

Triatlo Longo de Aveiro – As vantagens da gordura!


Foi no Domingo passado. Mais uma edição do Triatlo Longo de Aveiro disputado em São Jacinto. Se a memória não me falha, sou totalista nas participações. Nunca falhei uma edição.
Este ano só tomei a decisão de ir já depois da hora de almoço de Sábado. Eram 8h da noite arranquei para a Costa Nova. Foi chegar, deitar-me de imediato, acordar ás 5h15m, comer e rumar a São Jacinto!
Era a primeira vez que fazia dois Triatlos Longos separados por 15 dias. Esse era o desafio!
O tempo estava frio. 8 graus marcava o carro. Por vezes chuviscava e havia algumas nuvens escuras no céu! Nada prometedor! Mas foi algo que nunca me preocupou. Queria muito fazer a prova, estava mais confiante depois do desempenho de Lisboa e estava muito tranquilo.
Os preparativos correram sem percalços. Água a 16 graus. Fria, mas nada que um aquecimento de 10min não ajude a adaptar.
A partida foi dada exactamente ás 8h. Como normal, muita confusão, muitas colisões, mas sem consequências! O segmento correu dentro da normalidade.
A prova ia verdadeiramente começar. Tal como em Lisboa, a abordagem ao ciclismo era prudente. Ia-me a guiar pelo medidor de potencia e pelo ritmo cardíaco. Não queria sair de determinados limites.
E este ano, tal como em Lisboa optei por não ir em grupos, mesmo mantendo as distancias legais.
Apesar dos pés frios a causar algum desconforto, senti-me bem na primeira volta. A meio do segmento ia em ritmo de 2h36m-37m. Pareceu-me bom. Essa altura coincidiu com a uma degradação das condições atmosféricas. Chuva forte puxada a vento. O pés começaram a ficar gelados, as mãos tinham dificuldade em segurar a comida. Mas o corpo estava quente. Nunca senti frio. Comecei a ver atletas a parar e a desistir por hipotermia. Outros paravam para colocar casacos.
Dei por mim feliz por ter uma “xixinha” que me protege neste momentosJ
Felizmente as condições melhoraram para o final do segmento. O meu ritmo caiu para 40 min por volta. Já não ia para 2h36min. Mas a potencia ia idêntica, não estava a quebrar. O vento tinha aumentado. Em determinadas zonas, a velocidade que atingia já não era a mesma.
Após o ultimo retorno, decidi reduzir 10 a 20W a potencia já a pensar na corrida. Soltar um pouco as pernas.
Depois de uma T2 rápida, comecei a correr com uma nova sensação. Pés geladosJ Não os sentia!
Era difícil de perceber como me sentia no meio daquele desconforto. Procurei ir “controlado”. Só ao fim de 5km a situação normalizou. Sentia que não ia mal. Procurei manter o ritmo. Após os 10km comecei a sentir ameaças de cambras. Fiquei receoso, mas felizmente não passava disso, ameaças. Na entrada para a ultima volta (15km) verifiquei que poderia baixar das 4h50min. Precisava acelerar. Foquei-me nisso e em tentar “apanhar” o Lucas Coelho. Forcei e o corpo respondeu. Ia no limite mas ainda tinha algo no “tanque”. Havia algo a empurrar-me! Consegui um dos objectivos, baixei as 4h50min mas fiquei a 15s do Lucas Coelho! Mérito dele que não quebrou!!
No final, 66º em mais de 200 elementos á partida. 8 lugar V1 em 38. Mas sinceramente, os lugares e os tempos finais dizem-me pouco. Servem para motivar, mas ter algum focus, mas acima de tudo gosto de sentir que disfruto destas provas! Que chego ao fim com a missão cumprida! E isso sucedeu no Domingo.
Foi com uma enorme satisfação que terminei a prova! Mais uma grande jornada desportiva!
E assim termina o objectivo pré Verão. Fazer um ciclo de provas como nunca tinha feito. Torres Vedras, Estoril, Triatlo Longo de Lisboa e Triatlo Longo do Estoril. Sinto-me bem. O corpo está mais velhote, mas a recuperar bem!
Deverei regressar em Oeiras embora esteja a sofrer pressões para ir a PenicheJ
Bons treinos!!!

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