No passado Sábado
voltei a fazer um Triatlo Longo. Foi na 9º edição do Triatlo Longo de Lisboa,
disputado como sempre, na zona da Expo.
É uma prova que
gosto sempre de fazer. Foi onde me iniciei nestas “aventuras” longas e tenho
procurado participar sempre nos últimos anos.
No entanto, este
ano estive algo indeciso e fui adiando a inscrição ao ponto de as deixar
fechar. Felizmente, á ultima da hora, consegui obter um dorsal de um atleta inscrito
que tinha desistido de ir. Digamos que corri “disfarçado”.
Embora o treino
de Inverno tenha sido consistente, não fiz nenhuma preparação especifica para o
evento. O volume está no corpo mas faltam sessões com qualidade. O objectivo era
testar o corpo, procurar baixar das 4h45´, e se possível chagar-me ás 4h40´.
Isso implicava
arriscar mais no ciclismo face a anos anteriores e usar o menor peso corporal para
retirar um par de minutos na corrida. A utilização de pneus com mais TPIs, que
suportam mais pressão (130 psi) ia ajudar a reduzir a resistência de rolamento
e podia significar o ganho de algum tempo em 90km.
Cedo percebi que
ia ser um objectivo difícil de atingir. Muito vento de Norte logo pela manhã ia
dificultar muito o segmento de ciclismo. Alem disso, a previsão apontava para
27, 28º graus no final do segmento de corrida. Condições longe do ideal!
Face a isso,
optei por não registar o tempo de prova no relógio. Não levei velocímetro, nem potenciómetro.
A estratégia passava por manter o ritmo cardíaco abaixo das 145 bpm no ciclismo
e dos 150 bpm na corrida pelo menos até aos 10km. Neste segmento, ia tb usar o GPS para controlar o ritmo. Nunca em momento
algum soube que tempo levava de prova!
A natação foi
tranquila. Optei por um ritmo confortável e senti-me bem. Não comprometeu, embora depois de ver a
classificação com os parciais, esperava nadar 1’ menos.
Começava o ciclismo.
Rapidamente deu para contactar o forte vento que se fazia sentir.
Paciência, era
seguir o plano e tentar ir o mais aero possível contra vento. Sempre que houvesse
oportunidade, encontrar uma roda com um ritmo parecido e manter a distancia
legal para poupar alguma energia. Nunca me senti nada de especial durante todo
o segmento. Sabia que o menor peso me ia beneficiar na subida em Sta. Iria e
que com a minha fisionomia, com vento pelas costas, podia rolar depressa. Assim
aconteceu.
Mas mais uma vez,
este ano, voltei a ver muitos “batoteiros” a “chupar” roda á descarada. Lamentável.
Chegava o
segmento de corrida. Comecei solto e animado com a envolvente incial! Planeava correr a 4m30’s/km. Sai
a 4m20´km. Sentia-me bem mas tentei resfriar os ânimos e controlar o ritmo.
Prefiro acabar em crescendo, do que em perda. Acabei por começar a quebrar muscularmente
já dentro na ultima volta. As pernas começaram a ficar pesadas. Mas a meta já
estava á vista e era uma questão de manter a concentração e aguentar o
sofrimento!!
Passada a meta,
procurei imediatamente ver as horas. 13h14’. A partida tinha sido dada ás
8h33-34’. Tinha ficado muito perto das 4h40’!!! 4h40’28’’ mais
precisamente!! No global uma prova consistente e bem conseguida. Obviamente
fiquei satisfeito com o resultado.
Tenciono voltar
aos Triatlos longos em Caminha, no inicio de Julho. Percebi que preciso de aumentar a resistência muscular na corrida e subir a qualidade
das sessões de ciclismo.
Pelo meio irei
disputar uns Triatlos Sprints. Provavelmente Oeiras será o próximo.
Bons treinos!!
Não havia juízes para verem as irregularidades? Seria preciso quase um por km e mesmo assim... O problema é mais de quem faz batota, mas acaba por se refletir um pouco e inhustamente nos tempos e na classificação. Grande prova, Paulo. Parabéns Amigo. Olímpio
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