Decorreu neste
ultimo passado Sábado, o 1º Triatlo de distancia Olímpica a Época. Era tb a
minha estreia este ano nos Triatlos.
A opção este ano passa
por fazer provas pouco distantes. Por essa razão, não era prova que no inicio
do ano estivesse nos meus planos. No entanto, a ideia foi ganhando forma e
apesar da distancia, acabei por me inscrever.
É uma zona bonita
e contava que estivessem boas condições climatéricas. Infelizmente durante a
semana fui-me dando conta das previsões pouco animadoras. Chuva e temperaturas
baixas esperadas para a hora da prova. Não que estas condições me afectem, mas
podiam tornar perigoso o percurso de ciclismo. Depois da queda em Peniche o ano
passado, é um pensamento que não consigo evitar.
Durante a viagem,
ainda tive a esperança que a chuva se mantivesse quieta. Um ou outro aguaceiro
e o piso ia estando seco. Mas tudo mudou aproximadamente uma hora antes da
prova. A chuva entrou em força e para piorar, puxada a vento.
O check in e os
momentos que antecederam a partida foram bastante desconfortáveis. A ajudar a
festa, uma agua fresca, nada convidativa a banhos. Com todo este cenário, não
fiz o normal aquecimento na água. Simplesmente não havia vontade. O pensamento
comum era “vim eu de tão longe, para isto, devia era estar no quentinho em
casa”J
Mas com o sinal
de partida, tudo muda. Esses pensamentos ficam para trás e é hora de me
concentrar na prova. Fui aquecendo no
segmento de natação. Não foi uma natação fácil. Muita ondulação criada pelo
vento, a fazer engolir alguma agua. Fiquei com a sensação que a minha
velocidade de nado está boa, mas a orientação fraquinha. Falta de treino especifico em aguas abertas. Senti sempre que nadei demasiado sozinho. Não
comprometeu, mas julgo ser capaz de fazer melhor.
O inicio do
ciclismo foi muito prudente. A saída da barragem na direcção do Sabugal, com o
piso molhado, é muito perigosa. Cheguei
mesmo a tirar um pé dos pedais numa curva. Fui passado por alguns atletas nesta
fase e nem esbocei reacção. Queria chegar ao Sabugal inteiro. Ai iam começar as
dificuldades de um percurso que tinha quase 500m de acumulado de subida.
Optei por não
pensar muito no que se passava atrás de mim. Lancei-me na minha prova. Não me
ia a sentir mal, mas as pernas iam muito presas. Durante toda a fase inicial ou ia sozinho, ou
ia eu a puxar o grupo. Paguei isso quando o grupo onde ia o Henrique Venâncio
me passou. Não ia num bom momento, não consegui reagir. Mas depois, durante
alguns km fui mantendo a distancia para o mesmo.
Acabei por ser
absorvido por outro grupo volta dos 22-23km. Com o qual segui até ao final do
segmento, mas tive ainda que ultrapassar um percalço de me ter saído a
corrente. Felizmente, consegui coloca-la rapidamente e recolar ao grupo.
O final do
segmento foi algo surreal. Na descida da aproximação ao Sabugal, caia uma chuva
intensa que até doía ao bater no corpo. Houve alturas que nem via nada. Foi um
momento perigoso, mas felizmente não houve acidentes.
Chegava o segmento de corrida a pe. Ia desconfiado das pernas. Muito presas. E não me enganei. Ainda tive
a esperança de as soltar ao fim de alguns km. Mas aconteceu o contrario. Depois
de uma 1ª volta sofrida, mas normal, entrei em serias dificuldades na 2ª volta.
Tive que abrandar. Mas qualquer que fosse o ritmo, ia em grande sofrimento.
Tinha que gerir a cabeça. Tomei um gel á entrada da 3ª volta. A qual continuou
a ser bastante sofrida. No entanto, no final da mesma, comecei a sentir
melhorias e acabei por melhorar na 4ª e ultima volta o que me permitiu
recuperar ainda alguns lugares.
No final, 2h29´,
13º no escalão V1. Não ambiciono lugares, isso pouco me move, mas sim maximizar
ao resultado dentro das minhas capacidades. Sinto que posso fazer melhor num
escalão, que apesar de algumas ausências, está com um nível competitivo muito
elevado.
Obviamente, estava
satisfeito com o facto de ter terminado a prova, o ter estado por dentro dela.
São sensações únicas, que me movem, que dão sentido a todo o trabalho
efectuado.
Mas não fiquei
satisfeito com a prestação na natação e principalmente com a da corrida. Tenho
treinado para fazer melhor. Mas foi o que deu. Há-que tirar conclusões e pensar
já na próxima prova.
Que não é
meiguinhaJ É já no
próximo Sábado. Triatlo Longo de Lisboa, disputado na distância HIM. Mais um
belo empeno me espera. A ver se recupero e se as pernas se portam melhor.
Bons treinos!
Interessante o teu pensamento “vim eu de tão longe, para isto, devia era estar no quentinho em casa. Mas com o sinal de partida, tudo muda. Esses pensamentos ficam para trás quando a prova começa". Também era quase sempre esse o meu estado de espírito, Paulo. Com uma diferença, é que eu tinha mais dificuldade em me adaptar à água fria, sobretudo nos últimos anos. É positivo ficarmos com a sensação de que podemos fazer melhor. Espero que o longo de Lisboa, também corra bem. Olímpio
ReplyDelete