Decorreu ontem
Domingo o Duatlo do Estoril, disputado na distancia Sprint (5km, 20km, 2.5km).
Prova que era
Campeonato Nacional de Clubes e que tem a particularidade de ser disputada dentro
do Autódromo do Estoril. Sem duvida um local diferente, e no meu caso, que
tantas vezes vi na TV provas motorizadas ali disputadas, tornou a experiência
diferente. Em particular o percurso de ciclismo, composto por 5 voltas á
pista!!Para minha surpresa, o percurso está longe de ser plano, é bastante
técnico e com duas pequenas rampas suficientes para seleccionar ciclistas menos
bem preparados.
Para mim era o voltar
a competir após o período de ferias. Sentir a competição e perceber o estado de
forma.
O dia estava agradável
mas quente. Muito Sol e algo abafado. Ia estar calor durante a prova e isso já
se notava durante o aquecimento. Percebi igualmente nesta altura que as pernas
estavam algo moídas. O treino longo de bicicleta do dia anterior ainda estava
no corpo. Nada que não estivesse á espera. A ideia era mesmo essa. Estar algo moído,
ver como tinha recuperado do treino do dia anterior e ver o que ainda tinha “tanque”.
Optei por uma estratégia
diferente da normal. Nestas provas, se o objectivo é a classificação, a 1ª
corrida é fundamental. Há que forçar ao máximo, sair o máximo á frente no 1º
segmento de corrida e aproveitar os grupos de ciclismo que se formam da melhor
forma. Não o fiz. Dado o meu estado, tb dificilmente o conseguiria fazer. Optei
por sair prudente. Sem entrar em zonas de grandes sofrimentos. Mantive-me em
controlo, sem olhar a relógios nem a ritmos.
Fazer uma
transição na recta da meta do autódromo é sempre memorável. Mas a primeira
transição não me correu bem. Ao tirar a bicicleta do suporte, um dos sapatos
ficou preso no mesmo e acabei por perder ali uns preciosos segundos,
suficientes para ver um pequeno grupo formar-se á minha frente no inicio do segmento
de ciclismo e desaparecer.
Não era
importante. A ideia era mesmo fazer um TT de 20km. Ficar em “terra de ninguém”
como fiquei até ajudava. Com grupo ou sem grupo, a bicicleta era para doer. E assim foi,
rolei 3 voltas sozinho até que consegui alcançar um grupo de 3 atletas. Passei directo e com eles na roda fomos alcançar outro grupo de mais 3 atletas
ainda dentro da 4ª volta. Nesta altura pensei em resguardar-me, mas
decidi ir para a frente e forçar na mesma o andamento na 5ª volta. Infelizmente
não tive ajuda de ninguém e acabei de fazer de reboque para todos. Faz parte.
Chegava a T2. Procurei
soltar as pernas no últimos 500m do ciclismo e ver o que acontecia. Surpreendentemente,
ia melhor do que pensava. As pernas estavam a responder e acabei por fazer um
ultimo segmento de corrida a bom ritmo (para mim, claroJ).
No final, 56
entre 99 atletas á partida (95 no final) e 12ª V1 num total de 17. De salientar
que o nível competitivo era bastante elevado. De tirar o chapéu ao atleta que
ganhou o meu escalão. Capaz de correr 5km abaixo de 16’ e top 10 na geral
individual!! Velhos são os traposJ
Dada a qualidade
da prova e da organização, é pena não haver mais atletas a participar. É uma
prova única, bem organizada e merece outra adesão. Acredito que a data, pós férias,
com muitos Triatletas focados no Triatlo de Cascais, não seja a mais feliz.
Fiquei em
particular satisfeito com a forma como recuperei de um dia para o outro e com a
prestação na bicicleta. O corpo está pronto para enfrentar a próxima exigência,
o Triatlo Longo de Cascais no dia 27. Esperam-me certamente quase 5h de prova!!
Bons treinos e
saudações desportivas.
Muito bom, Paulo. 56 entre 99 atletas, tanto mais com a competitividade que descreves. Já tive o prazer de fazer essa prova, há uns anitos atrás. Os meus filhos também fizeram, embora nas classes mais jovens. Olímpio
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