No passado
Domingo, voltei a competir num Triatlo Sprint (750m, 20km, 5km). O palco, Oeiras, praia da Torre.
Tal como Peniche
é uma prova de referencia. Provavelmente a mais participada do calendário
Nacional.
O objectivo era
novamente fazer um treino competitivo e evitar problemas físicos.
Tive duvidas na
forma como abordar a prova. Era 6 dias antes do IM. Não queria exagerar e garantir
que conseguia recuperar. O dilema era como fazer a corrida. O segmento que
deixa mais marcas.
Era igualmente um
marco para o 3B. Pela 1ª vez ia-mos ter 7 atletas a competir e finalmente a maioria equipada a rigor com o novo equipamento.
Alguns repararam
que escolhi o nome Peter Pan para ter no equipamento. Sim, gosto do conceito de
me manter jovem, de ser criança, mas não me recuso a envelhecer. Alem do mais, a escolha do
nome tem 100% a ver com uma historia forte na minha vida, não com historia do Peter
Pan em si. Gosto de transportar essa historia comigo nos momentos de superação.
A prova:
O segmento de
natação em Oeiras não é linear. Pode mesmo ser perigoso como tinha sido no ano
anterior. As correntes dentro da praia e ao largo correm em sentidos opostos. E
quem não fizer bem o trabalho de casa, pode ter grandes surpresas. Rondar a bóia
do largo pode ser um pesadelo. Já para evitar isso mesmo, a organização decidiu
fazer a partida no final da vazante e colocar duas bóias ao largo na 1ª
rondagem. Uma mais dentro da praia para ajudar a navegação. Durante o aquecimento nadei até essa bóia.
Dava visivelmente para sentir ainda os efeitos da vazante. Havia que dar algum
desconto.
Assim que deu a
partida, coloquei-me o mais á esquerda possível da “molhada”. No entanto, acho que exagerei um pouco e embora
tendo rondado as bóias com facilidade, acabei por fazer uns metros a mais sem
necessidade. Procurei nadar rápido, mas sempre dentro de algum “conforto”.
Foi uma natação
muito rápida, a corrente a favor durante a maioria do percurso, ajudou a isso.
O segmento não comprometeu. A T1 sim. Voltei a ter problemas a apertar o
capacete. Já o tinha sucedido em Peniche. Mas desta vez perdi uns bons largos
segundos e fiquei a ver muitos atletas passarem para o segmento de ciclismo.
Acabei por começar
o segmento sozinho, em terra de ninguém, atrás do prejuízo. Num ritmo forte mas
não exagerado. Sabia que ia vir gente de trás forte a pedalar. Fui absorvendo
alguns atletas durante os primeiros 2km, até que acabei eu por ser absorvido
por um grupo numeroso liderado pelo Hugo Ferreira. A partir dai foi gerir.
Estar bem colocado nas partes mais selectivas, manter-me em locais seguros
dentro do grupo e ir ajudando aqui e ali. O grupo acabou por pedalar pouco coordenado.
Podíamos ter pedalado bem melhor.
Depois de uma rápida
T1, sai para a corrida com os meus dilemas na cabeça. Como a abordar?! Estás em
prova, mesmo que queiras ir devagar, o corpo não deixa. Decidi impor um ritmo
que não fosse muito desconfortável. Ao poucos fui aumentando o desconforto e
comecei a recuperar posições. Até que a 1,5km da meta fui alcançado pelo
Fernando Carmo. Decidi colar e tentar ir. Ai sim, a coisa começou a doer. Mas
resisti. A 500m da meta houve uma aceleração. Ainda respondi, comecei a estar
no limite mas não queria largar. Mas depois de umas trocas de palavras com o Fernando,
lembrei-me do IM, abrandei imediatamente e decidi ir mais tranquilamente até á
meta.
No final, o
sentimento de dever cumprido. Não tive problemas físicos e fica a sensação que
é um esforço do qual consigo recuperar com facilidade. O resultado foi mediano.
Continua a faltar algo na água para sair com quem quero e não cometer erros durante
a T1. Fica a satisfação de uma boa corrida que ajuda a motivar para o desafio que
ai vem!
E acima de tudo,
a alegria de ver o grupo 3B alegre, divertido, unido e cada um com a sensação
de ter disfrutado do momento.
Uma palavra de
apreço para os elementos que estiveram de fora a incentivar. Grande espirito,
grande ajuda! Agora só falta participar!! Um obrigado a todos!
Agora é descansar,
dormir bem e esperar pelo IM! Faltam 4 dias!
Bons treinos!
O estado de espírito (motivação) aliado à disponibilidade física (saúde) permite grande longevidade no desporto. Contudo, há que saber "envelhecer". Quem se "recusa", não só não consegue contrariar a ordem natural da vida, como sofre um pouco mais. As alterações no nosso corpo/organismo vão sendo graduais e se não ocorrer nenhuma "mazela" de maior vulto, as alterações mais significativas, ocorrem normalmente depois dos 50/55 anos. Falo por mim. Mesmo sendo muito competitivo, chega a uma altura que aompletar uma prova já é uma vitória. E por vezes ter disponibilidade física para fazer um "treinozinho" que dê prazer (sem sofrimento) já é bom. Muito bem Paulo, ainda estás na fase competitiva e espero que perdure, pois entusiasmo e motivação continuam a não te faltar. Estás no bom caminho para fazeres o ironman (coisa que eu nunca consegui). Parabéns Amigo. Olímpio Guedelha
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