Wednesday 29 November 2017

Tri Vilamoura!




No passado Domingo foi dia de voltar a competir num Triatlo. Algo pouco usual nesta altura do ano, mas sendo o local no Algarve, tudo é possível. E o tempo não dececionou. Ainda caíram umas pingas de chuva de madrugada, mas depois o dia compôs-se e estiveram condições perfeitas.

A prova era de distancia Longa. 1900m de natação no Mar onde se saia da agua a meio, um ciclismo que incluía uma percurso de bicicleta desafiante supostamente com 91km e 1200m de acumulado de subida e uma corrida com 4 voltas de aproximadamente 5km a percorrer a marginal de Vilamoura.
A minha participação na prova estava decidida há muito tempo. A inscrição foi-me oferecida pelo Clube no dia do meu aniversário em Fevereiro.  Eles adoram fazer-me sofrer.

Como de costume, não fiz nenhuma preparação especial para a prova. Uma sessão aqui ou ali com a mesma em mente, mas no geral foi manter as rotinas habituais.
Faz parte de minha relação com o desporto e com a modalidade. Não sou de me focar demasiado nesta ou naquela competição. Procuro manter sempre uma base consistente e fazer “afinações” muito pontuais conforme a motivação e a disponibilidade para treinar e descansar. Tanto faz se é um Triatlo Sprint ou um HIM.

A prova.
Desta vez optei por fazer uma aproximação diferente á natação. Mais ao “ataque” que o normal. Tenho mantido uma boa consistência e volume de treino. Isso permitia-me acreditar que o ritmo da natação não me iria afetar os restantes segmentos. Obviamente tentei poupar as pernas e fui á lá “Paltrieri”!, estilo ventoinha J
Senti-me confortável. A sensação de nadar no mar com água a 18 graus, é top. A navegação é que esteve longe de ser perfeita. Varias vezes dei por mim a nadar na direção errada. Mas no geral, um registo razoável dentro do previsto.

Ia começar a “dureza”. Não conhecia o percurso de ciclismo. Tinha visto a altimetria, mas não o tinha visto em loco. Como normal, mais de 30’ de natação deixaram-me ativado.  Desde cedo procurei manter uma perceção de esforço moderada com andamentos pesados. Curiosamente defendia-me bem nas subidas e perdia essencialmente nas descidas.
Gostei do segmento, muito interessante. E consegui sempre manter a disponibilidade, embora sinta que terei abusado dos andamentos pesados e de pedalar em pé. Algumas “picadelas” nos quadríceps já no final do segmento eram um indicador que a frescura muscular já era. No final, 94km (e não os 91 do regulamento), com aquele acumulado a uma media de 32km/h, era um bom registo para as minhas capacidades.

Chegava a corrida. Que é sempre a grande incógnita. Tendo em conta o ciclismo, o desgaste, as normais más sensações iniciais, a prudência era a palavra da ordem. Mas não fui prudente o suficiente.  Corria os km iniciais a 4’40’’/km. 10’’ a 15’’ abaixo do que devia. Parece pouco, mas pode fazer toda a diferença.
Aos 7km veio a 1ª indicação que a fadiga extrema se estava a instalar. Más sensações, ligeiras dores musculares, a sensação de começar a ficar pesado. Mas tens que resistir, sabes que passa, virá de novo mais tarde, pior, mas passa. E passou, nova crise pelos 12km. Toca de aguentar. Desde muito cedo que não ia a olhar ao ritmo. Mas sentia as pernas pesadas, totalmente inflamadas, o corpo ineficiente, numa altura que por norma acelero ligeiramente, claramente ia a quebrar. Não muito. A partir dos 15km, ultima volta, foi entrar em modo de sofrimento zen! Até me sentia com energia, o problema era muscular. Corria em cima de dois paus. Com a sensação de ter mais 10kg. Há muito que não ia a este limite. Nem no IM me recordo de tal, embora a memoria no que respeita a sofrimento, seja sempre curta. As mães que o digam J
No final 5h16’ certos. Morto, mas claramente satisfeito. Apesar da quebra na corrida, a prova tinha sido bem conseguida dentro das minhas capacidades. Menos 5’ na corrida, e teria sido a prestação perfeita!
Ainda hoje ando á procura das pernas tal foi o empeno!

Uma nota para a organização. Gostei. Nada falhou dentro da prova. Ficou uma excelente sensação e a vontade de voltar. Cada vez mais sou fã destes percursos. Nada de confusões, nada de chupa rodas. O que está no final é o que efetivamente valeste naquele dia.

E por fim, uma nota especial para a equipa. Ter este grupo faz a diferença. Cada um á sua maneira é especial. A partilha, o companheirismo, a competição. 3B top!
E sim Huguinho, a tua sobra ajudou-me a aguentar o sofrimento!!! Os dias em que vos ganho nas provas  longas estão contados J Não porque eu esteja pior, mas porque vocês estão a evoluir!! Muito bom!


Agora é tirar uns dias para recuperar o corpo e voltar ás rotinas. Em 2018 haverá mais Triatlos!

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