Thursday, 9 December 2010

Valor acrescentado. Pequenas dicas

Em todas as modalidades do Triatlo a técnica de execução dos movimentos é importante. No entanto, na natação, onde o meio é diferente, ainda se torna mais relevante. Um atleta com um razoável motor aeróbio recem chegado à modalidade, rapidamente se torna forte nos segmentos de Ciclismo e Atletismo. Mas na natação nem sempre é assim. Muitos andam a anos e anos à procura de atingir um nível razoável na natação. E a sua sina é fazer as provas de trás para a frente. Muitas vezes, a fazer de carruagem do ciclismo!

Não é o meu caso. Eu sou relativamente equilibrado nas três modalidades. Mas não porque nade alguma coisa de especial, mas sim porque não tenho esse razoável motor aeróbio Sou sempre daqueles que tenta ir nas carruagens!

Aprendi a nadar aos 6 anos. Com o meu pai no Verão na Ria de Aveiro. Ainda me recordo de alguns desses momentos. Como ser largado do barco a remos a 20m da margem e ter que me desenrascar:)

Pratiquei natação entre os 13 e os 15 anos. 3 Sessões por semana. Foi nessa altura que aprendi algumas noções de técnica. Até ai era tudo natural. Tudo inventado.

Mais tarde, quando já praticava Triatlo, tomei conhecimento com a filosofia da “Total Immersion”. Comprei os livros e o DVD e decidi investir em alterar a minha técnica do estilo livre. Passei um Inverno a fazer “drills”. Digamos que até com algum sucesso. Mas apenas nos drills. Porque no que se refere a montar as peças e nadar TI, não. Isso nunca o consegui.

Há um ano a esta parte tenho nadado inserido num grupo orientado pelo João Gloria da Nadarbem. Um dos meus (muitos) problemas técnicos tem a ver com a rotação do meu corpo para o lado direito. Devido a maus hábitos adquiridos, paro o movimento corporal antes de rodar para a direita. Perdendo tempo e potencia na rotação. Nado a dois tempos. Permaneço mais do lado esquerdo que do direito.

Fui tentando alguns remédios para o problema. Mas já a época ia avançada e a minha disponibilidade temporal para investir na correcção não era a ideal. E continua a não ser.

Há cerca de um mês, o João voltou à carga sobre este assunto. Pediu-me para nadar com os braços esticados. Fazer a recuperação do braço com ele esticado. Tipo Vanessa Fernandes:) Ficou esquisito. Sem dúvida. Muscularmente é diferente. Requer tempo de habituação. Mas incrivelmente, passados 15 dias bati o meu recorde aos 50m e 1000m livres. A nadar de braços esticados. Curioso no mínimo! Não me sinto ainda particularmente eficiente a nadar assim. Entendo que esta pequena melhoria se deve ao facto de rodar mais rápido. A minha velocidade de braçada é mais rápida para o mesmo deslocamento. Marginalmente, mas mais rápida.

É caso mesmo para dizer que quem sabe, sabe. O João tinha perfeita consciência que embora o nado de braços esticados teoricamente seja menos potente para a rotação, iria compensar na velocidade de execução.

Uma pequena dica, mas de grande valor acrescentado!

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