Wednesday 16 June 2010

Triatlo de Oeiras



É sempre com enorme satisfação que participo nesta prova. O facto de ter sido a zona onde cresci, onde passei muitas tardes de praia na minha adolescência, torna a prova especial. Este ano participei sem objectivos competitivos. Puramente para desfrutar e servir de teste.
Felizmente, desta vez, dormi bem na noite da prova. O dia ajudou. Estava Sol, uma temperatura óptima e pouco vento.
Como é meu hábito, levantei-me bastante cedo e fui correr 20m para me activar. Calmamente dirigi-me para Oeiras. Cheguei já depois das 9h, com o parque de transição já fechado. Havia prova aberta às 9h30m. Supostamente este ano, era possível fazer o check in entre as 10h e as 10h30m. Tal foi a minha surpresa quando ás 10h me dirigi para o local do Check in e o juiz presente me informa que só quando o ultimo atleta da prova aberta terminar, é que se pode proceder ao Check in. O tempo ia passando, e só por volta das 10h30m, fiz o check in.
De seguida vesti o fato isotérmico e fiz o tradicional aquecimento na água. 15m. Queria estar bem activado. O objectivo era sair rápido. E assim foi. Houve alguma confusão no inicio, mas depois da primeira bóia tudo acalmou. Verdade que tb optei por nadar mais pelo largo entre a 1ª e a 2ª bóia. Dada a corrente, parecia-me a melhor opção. No entanto, fiquei sem “pés”. Ao rondar a 2ª bóia, notei algo de estranho. O pelotão não navegava em linha recta em direcção às bóias junto à saída da água. Estranho. Ao invés, navegavam para junto do forte, inflectindo mais tarde para as bóias da chegada. Não percebi se foi um movimento propositado dos atletas da frente para aproveitar o circular da corrente na praia, se foi um erro de navegação dos atletas da frente e todos foram atrás. Eu decidi nadar em linha recta. Mais uma vez, longe da confusão e sem pés.
Quando sai da água, estava o Valdo Neves junto a mim. Aparentemente era um bom sinal.
Sendo eu um “fraco” corredor, forcei nas escadas de acesso à T1 para não perder o contacto com o Valdo. Consegui fazer uma boa T1 e sair na roda do Valdo para o ciclismo. O inicio deste segmento custa-me sempre muito. O ritmo do Valdo era muito forte. Ele tentava fazer a junção a um grupo que ia à nossa frente. Pediu-me ajuda. Mas eu não podia. Ia no “elástico” na roda dele. Se fosse para a frente “puxar”, “morria”. Nas curtas subidas do percurso até Algés, segurei-me como podia e sempre com sucesso. No retorno em Algés, reparei que vinha um grupo numeroso quase a alcançar-nos. Vinha liderado pelo Carlos Gomes. O incentivo para cooperar na frente do mini grupo onde ia inserido, ainda passou a ser menor. Fomos alcançados antes dos semáforos da Cruz Quebrada. Resisti à subida e a partir dai procurei gastar o menos energia possível.
Fiz uma T2 tranquila e segui para a corrida. Que acabou por ser razoável embora sofrida. Havia muitos atletas a correr perto do meu ritmo. Éramos mais de 10 separados por menos de 20s. Durante a 1ª volta consegui impor um ritmo bom. Mas ia a sofrer. Levava o César Andrade na minha “perna”. Era uma surpresa muito agradável. Não o esperava ver correr assim. Já na segunda volta, na descida para Santo Amaro, acabei por quebrar e aliviei ligeiramente. Só a 500m da meta voltei a forçar. Entretanto, os meus despiques directos tinham-me ganho 10 a 15s. Já não dava para recuperar.
No final, uma boa prestação e acima de tudo, uma prova que me deu muita satisfação disputar. A certeza que a natação está de volta ao melhor e que a minha condição física em termos gerais está boa. Saliento ainda o facto de ter recuperado fantasticamente. Isto de fazer longos, deixa marcas no corpo!
Gostava tb de salientar três factos
> Finalmente uma presença numerosa da equipa. 5 Elementos. Espero que se repita mais vezes este ano.
> O regresso à competição do Olímpio. E logo a fazer 3º em V4. Viva a longevidade!
> A corrida do César. Muito bom. Grande surpresa. Que te dê motivação para continuares a evoluir.

No comments:

Post a Comment