Wednesday, 28 September 2016

Triatlo de Cascais



Domingo foi dia de voltar a competir num Triatlo. Foi o meu regresso aos Triatlos depois do Iron Man.

Este ano optei por fazer a prova Olympic Plus (1.1km natação, 50km ciclismo, 10,5km de corrida) e não a prova longa (1.9 km natação, 90Km ciclismo, 21 km corrida) que é a prova principal.
Várias razões contribuíram para tal. Razões financeiras, o facto de a maioria dos atletas do clube ir fazer esta distancia e obviamente a vontade de desanuviar da pressão logística/familiar que preparar as provas longas exige.

Alem do mais, continuo a gostar das provas mais curtas, se bem que uma prova onde esperas competir por mais de 2h30’ não se pode considerar curta…
Não fiz nenhuma preparação especifica para o evento. Sabia de antemão que estava a nadar bem, a pedalar menos bem e a correr medianamente. A estratégia passava por atacar a natação, ser prudente no ciclismo e ver o que dava a corrida.

A prova
A partida foi algo confusa. Algum atraso por parte da organização, rectificações da colocação das bóias de ultima hora. Enfim, no mínimo, estranho.
E acabei por cometer um erro de colocação. Por norma não me coloco na linha da frente. Deixo-me ficar mais resguardado atrás dos melhores nadadores. Só que neste caso, a maioria dos atletas (e nadadores) estava inscrito na prova longa. Resultado, demorei imenso tempo para conseguir encontrar o meu espaço e conseguir nadar como queria. A partir dos 600-700m comecei a ter a sensação de estar a nadar muito isolado. Poucas eram as toucas que via á minha frente e ao meu lado. Algo estranho, mas a bater certo com o menor nível de natação do “pelotão”. Os números não enganam. Sai da agua perto do 20º, num “pelotão” de mais de 200. Numa prova “normal” teria saído em 70-80.

Esta noção ficou ainda mais presente no ciclismo.  No 1º retorno da Malveira, percebi que deveria ir muito perto dos 10 primeiros. Este era o segmento onde tinha mais receios. Dado o vento forte de norte que se fazia sentir, procurei forçar no sentido contra o vento e na subida. Na descida e na secção rolante com vento pelas costas, procurava retemperar-me um pouco. As sensações até estavam a ser boas. As pernas estavam a reagir.

Sai para a corrida em 7º lugar (não fazia a mínima ideia do lugar exacto) e sendo o meu segmento mais fraco, esperava perder alguns lugares. Mas não, singularmente corri completamente isolado. Ia tão distante do 6º que nem o via e nunca me preocupei a olhar par atrás. Percebi apenas no retorno dos 5km, que o 8º vinha bastante perto. Não ia a correr bem nem mal. Ia a correr, e isso era positivo.
Acabei por terminar ao sprint com o 8º classificado e já sem nada para dar e ser ultrapassado a 10m da meta :)

No final alguns sentimentos mistos. Soube bem andar na frente da prova (embora uma frente relativa, porque os da frente iam muito á frente), mas a sensação de correr isolado não é boa. Correr com um grupo, com referencias é muito melhor.

A maior satisfação veio de assistir ao comportamento colectivo do 3B. Fizemos todos provas consistentes, boas classificações, e isso traduziu-se numa vitória colectiva que nos passou despercebida :) Um feito engraçado, que apesar do clube existir para trazer todos os tipos de pessoas para a modalidade, mostra que já existe um grupo com um nível competitivo bom.
Agora é criar as condições para que ainda possamos melhorar mais, continuando a abraçar todos aqueles que se querem juntar a nós pelo puro prazer de praticar desporto e enfrentar o desafio de fazer Triatlo.

Um ultima nota para a organização. Eu sei que organizar uma prova desta exige um enorme esforço. Só por ai tenho que dar mérito a quem se mete nisto. Mas este ano houve algumas falhas. Acontecem sempre, mas penso que muitas evitáveis. Eu nem sou muito exigente com as falhas, dou mais importância aos contactos. São eles que moldam as sensações. Continuo a achar que falta simpatia, disponibilidade, genuinidade na organização. Quando comparo com a minha experiencia no Tri Man na Galiza, nada a ver. Desde de os resposáveis aos voluntários. Não basta o local, tem que estar tudo em uníssono.


Quanto a próximas provas de Triatlo, não faço ideia neste momento J

Monday, 12 September 2016

Duatlo do Estoril 2016



Marcou o meu regresso ás competições de Duatlo/Triatlo depois do Iron Man.
Não tinha nenhum objectivo competitivo. Testar as pernas, desfrutar das 5 voltas á pista do autódromo e acompanhar alguns elementos do 3B que iam experimentar fazer um Duatlo de Estrada.

Se me sentia recuperado do IM? Várias vezes me têm perguntado isso. A resposta, não sei.
Preocupa-me mais o cansaço psicológico que o físico. Quando investes muito tempo em algo, quando o desfrutar já se mistura com a obrigação, há um risco de a determinada altura a motivação ir-se.  Que leva a um afastamento. Nunca foi a minha relação com a modalidade.

Fisicamente sinto-me saudável. Se me sinto super? Não, de todo. Há dias em que me sinto mais cansado que em outros. Tem-me custado colocar intensidade na bicicleta. Mas já fiz boas sessões de corrida e de natação. Se o cansaço vem do IM?. Difícil de dizer. Quando és amador e tens n factores a colocar stress no dia a dia, dizeres que é daqui ou dali é estar meramente a adivinhar.

O dia estava convidativo á pratica da modalidade. Só o vento destoava. Algo forte, de frente em algumas zonas do circuito e a tornar algumas curvas rápidas mais perigosas.

A prova acabou por me correr como os treinos. Uma corrida razoável um ciclismo mais sofrido que o esperado. Esperava sentir-me melhor na bicicleta, ter mais disponibilidade para ajudar o grupo, não sofrer tanto com as mudanças de andamento, etc. Mas na realidade, é exactamente assim que me tenho sentido nos treinos, por isso, esperava algo que era pouco provável acontecer J

A performance global até foi aceitável e todos os elementos da equipa tb terminaram a prova, o que me deixou satisfeito.

Menos positivo foi o facto de não haver mais atletas a participar. É uma prova num local simbólico, com excelentes condições de acesso e de prova e com uma boa organização. Penso que a data, o facto de a prova não estar incluída na Taça de Portugal, ser apenas considerada uma prova aberta e haver um Triatlo no mesmo dia no Norte, não ajudou a compor a moldura humana e a aumentar o nível competitivo!

Voltei a competir dia 24. De volta aos Triatlo. Triatlo de Cascais, na distancia Olímpica.

Bons treinos!!

Tuesday, 28 June 2016

Northwest Triman, o desafio distancia Iron Man.



No passado Sábado dia 25 de Junho fiz a minha estreia na distancia Iron Man (3.8km natação, 180Km de bicicleta e 42.2km a correr). O local, a vila de As Pontes de Garcia Rodriguez, no Norte interior da Galiza! A Prova, o North West Triman.
http://northwesttriman.com/

A opção pela Galiza teve a ver com a data, com a proximidade e a possibilidade de ir de carro, com o custo e com a opinião favorável sobre a organização para quem participou em 2015.
E estou muito contente com a opção que tomei. A organização foi incansável. Do melhor que já vi e senti. Do ponto de vista humano e logístico. A prova encheu-me completamente a alma!

Mas nem tudo foram rosas durante a preparação. A qualidade dos 2 meses anteriores deixou muito a desejar. A qualidade do sono foi má e isso foi prejudicando o treino. Os resultados das provas que fiz antes, tb não me ajudaram a moralizar. Mesmo dentro do próprio taper, a qualidade do descanso foi sempre fraca. O ter que fazer a viagem no dia antes da prova, tudo isto não ajudava a estar na linha de partida muito confiante. Estava fresco, mas não me sentia super. Mas o volume do treino estava lá, a cabeça é normalmente resiliente e a vontade de competir era muita. Afinal, tinham sido meses com este dia na cabeça.

A qualidade da recepção, o local, a envolvente, o apoio, tudo ajudou a ganhar alento!
O próprio inicio da prova, com a chamada dos atletas, a qualidade do speeker, a musica a acompanhar a partida, muito bom!  
O 1º objectivo era obviamente terminar, o 2º ficar abaixo das 11h e se possível aproximar-me das 10h30’.

A natação foi um passeio numa água límpida, incrível. Procurei nunca bater pernas. Só a braços e em ritmo tranquilo. Só nos últimos 500m activei um pouco as pernas. A ideia era poupa-las o máximo possível. Para um amador como eu, estas provas são ao contrario das curtas. Nas curtas, nadas rápido, a sofrer, para sair da agua o mais depressa possível. Aqui, não queres sair da água só de pensar no quem vem depois.

O ciclismo foi estranho. A dificuldade do percurso era maior do que esperava. Muito ondulante, poucas zonas para rolar. Muitas mudanças de andamento. Mas até ai tudo bem, não me favorece mas até gosto. O tempo tb não ajudou. Alguma chuva e vento em particular nas ultimas duas voltas a causar algum desconforto.

Mas o pior foram as sensações gástricas. Desde muito cedo comecei a sentir azia e tinha que me forçar a comer mesmo sem vontade nenhuma. Comer mal disposto não é algo agradável. E o meu corpo deu para perder líquidos durante a prova. Só neste segmento, fui obrigado a fazer 8 paragens “técnicas” no total, que me quebravam constantemente o ritmo. Já fiz 12 HIM e por norma faço apenas uma paragem na corrida. Só no ciclismo foram 8. Sempre de bexiga cheia.

A parte positiva é que me senti sempre bem durante o segmento. Nunca me senti muito cansado e consegui manter os andamentos de volta para volta. Nem dei pela critica passagem aos 150km. Aparentemente tinha gerido bem o ciclismo, embora num percurso assim, não há forma de ir para a corrida com boas pernas.

A corrida foi psicológica. Comecei pesado, meio preso. Para piorar, tudo começa com uma subida difícil desde a T2 até ao circuito. Nada agradável. Mas lá fui indo na mesma mal disposto. Obriguei-me a abrandar o ritmo no inicio. Tinha que correr fácil, leve…e claro, lento. Mais lento do que tinha pensado. Corria acima dos 5’30’’/km, 10 a 15’’ mais lento do que previa. O percurso de corrida tb não ajudava. Muitos falsos planos. As paragens “técnicas” continuavam. Foram mais 7 ou 8 na corrida. Absolutamente incrível. Não sei quanta quantidade de urina expeli durante toda a prova.

A má disposição começou a dar conta de mim aos 10km. Ia em nítidas dificuldades. Muscularmente bem, mas muito desconfortável. Foi nesse momento que todo o treino feito veio ao de cima.
Comecei a pensar em todos os km, em algumas sessões mais difíceis. Sabia que o treino estava nas pernas. Continuei a forçar-me a alimentar e aos poucos a má disposição abrandou e consegui entrar em modo automático. Os km iam passando, o ritmo era o mesmo e as pernas iam respondendo.  A partir de meio da corrida, não tive mais duvidas que ia correr até ao fim. Que a coisa estava feita.

E assim foi (ainda houve um episodio sórdido antes de chegar, mas vou-vos poupar os detalhes), cortar a meta foi uma sensação única. Muitas emoções juntas! A sensação de dever cumprido, muitos pensamentos!!!
Tinha terminado uma prova na distancia Iron Man com o tempo final de 10h59’, abaixo de objectivo das 11h e com a sensação que poderia ter feito menos 10’ se não fosse o tempo que perdi em paragens técnicas.

Admito que gostei muito da experiencia. Mas continuo tb a gostar de fazer Triatlos curtos, com ou sem roda. A dificuldade do IM é o impacto que o treinar para ele tem em tudo o que te rodeia. Por isso, neste momento, não tenho planos para voltar a fazer um no próximo ano. Mas fica a vontade de voltar a eles. Talvez em 2018. A pensar com calma.

Agradecimentos especiais:

Á organização. Volto a frisar a qualidade da mesma. Tornou tudo mais fácil e agradável.

As gentes de As Pontes por todo o apoio demonstrado durante o segmento de corrida. Incansáveis.

Ao pessoal do Hotel onde fiquei. Sempre disponíveis a ajudar no que fosse preciso.

Ao Paulo Guedes, ao João Lucas Coelho, ao Hugo Ferreira e ao Pedro Brandão, que foram os portugueses que mais me acompanharam durante estes dias.

Ao 3B, ao Hugo Gomes e á Madalena Fontinhas, por me terem permitido correr de 3B e Peter Pan ao peito e por todas as coisas que temos feito este ano! Faz sentir estes momentos mais especiais.

Ao Peter Pan, pela metáfora, historia, pensamentos e emoções que transportou dentro de mim

Á Paula pelo apoio que me deu durante todos estes meses de treino e pelo suporte incansável nestes dias, especialmente durante toda a prova! Foi uma autentica Iron Woman!

Aos meus filhos por todas as vezes que me vieram ao pensamento durante a prova e me encheram de energia e determinação para resistir ao sofrimento e continuar.

A todos os outros(as), que sabem bem quem são, que me apoiaram e ajudaram na preparação desta aventura.

E termino com uma palavra especial para o Paulo Guedes. Grande susto que me pregaste! Admiro a tua capacidade de sofrimento. És enorme. Mas não precisavas de sofrer quase até morrer!! Menos, menos, da próxima vez! Ainda quero voltar a fazer muitas provas contigo. Eu sei, eu sei, mais curtasJ As tuas melhoras rápidas!


Saudações desportivas!

Tuesday, 21 June 2016

Triatlo de Oeiras 2016




No passado Domingo, voltei a competir num Triatlo Sprint (750m, 20km, 5km).  O palco, Oeiras, praia da Torre.
Tal como Peniche é uma prova de referencia. Provavelmente a mais participada do calendário Nacional.
O objectivo era novamente fazer um treino competitivo e evitar problemas físicos.
Tive duvidas na forma como abordar a prova. Era 6 dias antes do IM. Não queria exagerar e garantir que conseguia recuperar. O dilema era como fazer a corrida. O segmento que deixa mais marcas.  
Era igualmente um marco para o 3B. Pela 1ª vez ia-mos ter 7 atletas a competir e finalmente a maioria equipada a rigor com o novo equipamento.

Alguns repararam que escolhi o nome Peter Pan para ter no equipamento. Sim, gosto do conceito de me manter jovem, de ser criança, mas não me recuso a envelhecer. Alem do mais, a escolha do nome tem 100% a ver com uma historia forte na minha vida, não com historia do Peter Pan em si. Gosto de transportar essa historia comigo nos momentos de superação.

A prova:

O segmento de natação em Oeiras não é linear. Pode mesmo ser perigoso como tinha sido no ano anterior. As correntes dentro da praia e ao largo correm em sentidos opostos. E quem não fizer bem o trabalho de casa, pode ter grandes surpresas. Rondar a bóia do largo pode ser um pesadelo. Já para evitar isso mesmo, a organização decidiu fazer a partida no final da vazante e colocar duas bóias ao largo na 1ª rondagem. Uma mais dentro da praia para ajudar a navegação.  Durante o aquecimento nadei até essa bóia. Dava visivelmente para sentir ainda os efeitos da vazante. Havia que dar algum desconto.
Assim que deu a partida, coloquei-me o mais á esquerda possível da “molhada”.  No entanto, acho que exagerei um pouco e embora tendo rondado as bóias com facilidade, acabei por fazer uns metros a mais sem necessidade. Procurei nadar rápido, mas sempre dentro de algum “conforto”.
Foi uma natação muito rápida, a corrente a favor durante a maioria do percurso, ajudou a isso. O segmento não comprometeu. A T1 sim. Voltei a ter problemas a apertar o capacete. Já o tinha sucedido em Peniche. Mas desta vez perdi uns bons largos segundos e fiquei a ver muitos atletas passarem para o segmento de ciclismo.

Acabei por começar o segmento sozinho, em terra de ninguém, atrás do prejuízo. Num ritmo forte mas não exagerado. Sabia que ia vir gente de trás forte a pedalar. Fui absorvendo alguns atletas durante os primeiros 2km, até que acabei eu por ser absorvido por um grupo numeroso liderado pelo Hugo Ferreira. A partir dai foi gerir. Estar bem colocado nas partes mais selectivas, manter-me em locais seguros dentro do grupo e ir ajudando aqui e ali. O grupo acabou por pedalar pouco coordenado. Podíamos ter pedalado bem melhor.

Depois de uma rápida T1, sai para a corrida com os meus dilemas na cabeça. Como a abordar?! Estás em prova, mesmo que queiras ir devagar, o corpo não deixa. Decidi impor um ritmo que não fosse muito desconfortável. Ao poucos fui aumentando o desconforto e comecei a recuperar posições. Até que a 1,5km da meta fui alcançado pelo Fernando Carmo. Decidi colar e tentar ir. Ai sim, a coisa começou a doer. Mas resisti. A 500m da meta houve uma aceleração. Ainda respondi, comecei a estar no limite mas não queria largar. Mas depois de umas trocas de palavras com o Fernando, lembrei-me do IM, abrandei imediatamente e decidi ir mais tranquilamente até á meta.

No final, o sentimento de dever cumprido. Não tive problemas físicos e fica a sensação que é um esforço do qual consigo recuperar com facilidade. O resultado foi mediano. Continua a faltar algo na água para sair com quem quero e não cometer erros durante a T1. Fica a satisfação de uma boa corrida que ajuda a motivar para o desafio que ai vem!

E acima de tudo, a alegria de ver o grupo 3B alegre, divertido, unido e cada um com a sensação de ter disfrutado do momento.
Uma palavra de apreço para os elementos que estiveram de fora a incentivar. Grande espirito, grande ajuda! Agora só falta participar!! Um obrigado a todos!

Agora é descansar, dormir bem e esperar pelo IM! Faltam 4 dias!


Bons treinos!

Sunday, 12 June 2016

Triatlo de Peniche 2016



Na passada 6ª feira dia 10 voltei a participar no Triatlo de Peniche. É um prova emblemática do circuito nacional e novamente este ano, campeonato nacional de escalões de idades.
Disputada na distancia Sprint (750m, 21,5km, 5km), tem a particularidade de ter um percurso de ciclismo algo técnico e durinho.

O meu objetivo era fazer um bom treino de qualidade tendo em vista o Iron Man. Se possível entrar na disputa do top 10 do escalão V2 (45-49 anos). A frescura não era a ideal, mas a motivação era grande.

Decidi fazer uma natação no limite. Sei que estou a nadar em piscina melhor que nunca. Ainda curto para me chegar ao nível dos mais fortes do escalão, mas seguramente mais próximo.
Pena a partida ter sido algo estranha. A organização não esperou que todos se alinhassem atrás da linha. Muito gente seguramente mais de 10m adiantada. Acabei por ser surpreendido pelo tiro de partida e estar mal colocado.

Tal como tinha pensado, tentei sair rápido e nadar sempre a forçar. No entanto, fica a sensação de ter nadado mal em duas ocasiões. E ao sair da agua logo percebi que não estava onde queria.
Para piorar uma T1 algo atribulada e um inicio do percurso de ciclismo com as pernas a não responderem. Aos poucos fui entrado no ritmo e lá encaixei num grupo com um bom andamento. Embora nunca tenha ido fácil, fui melhorando as sensações ao longo do segmento.

Curiosamente o mesmo sucedeu na corrida. Sai muito preso para o segmento. Não conseguia forçar. Só no final da 1ª volta consegui reagir e curiosamente durante a 2ª volta ainda consegui ultrapassar alguns elementos que tinham passado por mim na 1ª.

No final, 1h12´, 11º V2 a 6’ do 1º classificado e a 2´do 5º. Embora a concorrência estivesse quase toda em peso, falhei o objetivo de fazer Top8.  No entanto, mais do que as classificações, interessam-me as prestações. Digamos que foi mediada. Um natação aquém do que queria e fracas sensações a correr e a pedalar.

Mas nem tudo foi menos bom. O 3B começa a ganhar forma. Começamos a ser um grupo. Não só nas provas, mas tb fora delas. Muito reconfortante.
Hugo Gomes e Madalena Fontinhas, a culpa disto é toda vossa! Vocês são os empreendedores do 3B!
Um obrigado tb para a Ribapedal que me preparou a estreia da Jorbi Champion. Não foi certamente por ela que não pedalei mais.

Estou inscrito no Triatlo de Oeiras já no proximo Domingo, embora ainda não saiba bem que abordagem vou fazer á prova. É 6 dias antes do IM. Algo em cima. É algo para ir pensando esta semana.


Bons treinos

Monday, 9 May 2016

Triatlo Longo de Lisboa 2016



No passado Sábado voltei a competir no Triatlo Longo de Lisboa disputado na distância HIM(1900m natação, 90km ciclismo, 21km de corrida).
Já perdi a conta das vezes que participei. É daquelas provas, que haja condições físicas e financeiras, faço questão de estar na linha de partida.
Este ano servia para testar o corpo em provas longas, a caminho do IM que aí vem.

Infelizmente as condições meteorológicas não ajudaram á festa. Além de terem dificultado muito as condições de prova, retiraram todo o aspecto festivo á competição. A socialização inicial, os aplausos e incentivos, a festa no final, etc. Para mim as provas não são só o momento da competição, é toda a envolvente.  

Pessoalmente, nunca receei as condições do tempo e nunca me passou pela cabeça abandonar. Era igual para todos. Além disso, por norma, suporto bem o frio.

Este ano, o plano para a prova ia em linha com o treino de Inverno. Estou a nadar melhor, com volume na bicicleta mas sem qualidade e com consistência na corrida. A ideia passava por nadar mais rápido que em outros anos, pedalar de forma conservadora (mas não demasiado) e ver o que dava a corrida.

E assim comecei. Procurei nadar rápido. Á base de braços, pouca ou quase nenhuma perna. Forçar um pouco. Tirando a parte inicial em que tive que parar algumas vezes porque me ia a entrar agua nos óculos, o segmento até me correu bem. Dentro do pretendido.

Começava o ciclismo. Inicialmente com vento pelas costas, o que ajudava…a enganar J. Comecei prudente como sempre, mas rapidamente percebi que estava a perder tempo para as minhas referências. Nem me ia a sentir bem, nem mal. Simplesmente não conseguia forçar o andamento.
Percebi que me defendia bem na subida de Sta Iria, mas que contra vento, perdia tempo. Fui indo, sempre com a sensação de estar longe de onde devia ir.

Mas nem tudo era mau, cheguei á corrida com uma sensação de menor desgaste que em anos anteriores. Podia ser que a corrida fosse positiva.
Mas não foi. As sensações não eram as melhores e fui sempre a travar o andamento. A partir dos 14-15km as pernas começaram a pesar toneladas, já não chegava ter a sensação de ir bastante atrás de onde queria, ainda ia ter que entrar em modo de sofrimento limite.

E assim foi, resisti, terminei! Praticamente 5h10’ de prova, sempre debaixo de temporal. Nunca senti frio, sentia-me tenso, meio petrificado, mas não propriamente com frio. Seguramente fiz mais 10’ do que aquilo que queria ter valido. Olhando aos tempos finais, deveria ter pedalado e corrido 5’ menos.

Só após cortar a meta me apercebi do frio. Mal parei, comecei a sentir arrepios de frio e tive que rapidamente me ir aquecer.

Obviamente o resultado não me deixou satisfeito e não há desculpas. Estava igual para todos. Nem sou de ter dias bons e maus.  Ligeiramente melhores e piores talvez, mas não grandes oscilações.
Há que tirar conclusões, ser realista e continuar a acreditar nos princípios. Repetição, consistência e paciência.

A parte que mais me preocupa nem é o resultado, mas sim o estado em que estou. Nunca as minhas pernas ficaram tão destruídas. Os 7km finais em modo desfeito deixaram marcas. Estou a 7 semanas do IM, altura crucial do treino.  Precisava recuperar rapidamente.

Keep moving.


Bons treinos!

Wednesday, 6 April 2016

Triatlo da Quarteira. De regresso ao Algarve.




Decorreu Domingo passado no Algarve.

Deverá ter sido a minha segunda ou terceira participação nesta prova. Exige uma deslocação grande, mas é daquelas provas que gosto de fazer. Era tb a 1ª vez que íamos estar verdadeiramente representados como equipa 3B.

É uma prova de referencia, disputada numa bela envolvente, com uma das partes do segmento de corrida a ser percorrida na marginal. O segmento de ciclismo é enganador. Longe de ser fácil. Com alguns retornos e uma rampa suficientemente dura para deixar para trás quem não vai com pernas!

Para não variar, viajei no próprio dia. Alguns podem pensar que felizmente, poia a prova era “apenas” ás 11h30’, o que me permitia não ter que sair muito de madrugada. Mas posso dizer-vos que prefiro que seja mais cedo . Este horário, faz com que regresse a casa ás 16h30’, quebrando a tarde. Mais cedo, permite rentabilizar melhor o dia.

O dia amanheceu chuvoso mas foi melhorando durante a manhã. A deslocação para Sul tb ajudou na melhoria do tempo. Não ia chover durante a prova e o piso ia estar seco! Importante dado haver uma curva no final de uma descida “difícil de negociar”.

A saúde não tem sido a melhor nas ultimas duas semanas, com uma gripe á mistura, mas a motivação de competir e ajudar a equipa do 3B estava intacta.

A prova

Esperava-me um mar fresco com pouca ondulação, mas algo partido e uma partida da areia da box dos veteranos. Com 400 atletas no total a confusão era garantida!

E assim foi, há muito que não levava tanta tareia numa partida. Demorou até conseguir encontrar espaço para nadar em condições. Foi das partidas mais duras, se não a mais dura, que alguma vez enfrentei.

Mas faz parte! É pôr a cabeça dentro de agua e focar em nadar o mais rápido possível. A natação não comprometeu.

Chegava o ciclismo e o meu sofrimento. Pedalei quase sempre inserido num grupo reduzido, liderado pelo Miguel Fragosos. Foi a 1ª vez que pedalei com ele. O que é um honra!! Mas as sensações nunca foram boas.

Actualmente, gosto de colaborar neste segmento. Ainda tentei fazê-lo durante a 1ª volta, mas rapidamente percebi que ia muito no limite. Varias vezes achei que ia perder o grupo. Não que isso tenha estado iminente, mas ia em dificuldades. Embora até me defende-se bem na rampa, sempre que havia mudanças de andamento, não ia nada fácil.

O resultado foram umas pernas presas e pesadas para o segmento de corrida. Não que tenha sido muito sofrido. Simplesmente não havia capacidade para impor um ritmo forte. Era deixar ir e minimizar os estragos.

No global, fica a sensação que foi melhor o resultado que a prestação. Não fiquei satisfeito com as sensações. E muito menos com a corrida. Valeu por uma natação que mostra que estou melhor, mais confiante neste segmento. Que me permite sair relativamente bem colocado da água.

No final, inesperadamente, um pódio, com o 2º lugar no escalão V2 e um top 100 na classificação geral, o que é sempre agradável! E como não há bela sem senão, não contando com o pódio, não fui á cerimonia de entrega das medalhas :(

Fica tb a satisfação de ver a equipa terminar a prova. De ouvir as suas sensações, as experiencias e sentir o entusiasmo de cada um. Venham mais!

Agora é começar a apontar agulhas para o IM. Faltam 2 meses e meio. A próxima prova deverá ser o Triatlo de Leiria.

Bons treinos

Wednesday, 16 March 2016

Triatlo de Vila Real de Stº António – Inside View



Teve inicio no passado Domingo no Algarve a época de Triatlos 2016.
Prova disputada na distancia Sprint com partida na praia de Montegordo.
Muita adesão, uma manhã fresca num dia cheio de Sol. Ingredientes suficientes para uma boa jornada desportiva.

A minha participação foi uma decisão quase de ultima hora. Não estava nos planos. A ideia começou a ganhar forma 15 dias antes. Foi um misto de vontade de competir e o querer manter em aberto a possibilidade de ir ao Campeonato da Europa. Algo que ainda não tenho definido.
Ter que viajar no próprio dia mais de 300km não foi motivo para me tirar a motivação.
Era uma participação especial. Primeira prova de Triatlo pelo 3B Clube Desportivo de Benavente e no escalão V2 (45-49).

Sabia que não estava nas melhores condições físicas. Sentia-me cansado e mal dormido, com as pernas pouco frescas. Mas em parte, o objectivo passava por fazer um treino competitivo cansado.
Para contrariar a pouca frescura, procurei fazer um aquecimento atempado, o que ajudou.
Estava pronto para o primeiro banho de mar do ano!

A prova:
O segmento de natação tinha partida da areia. Muita gente, muita confusão, “boxes” para cada escalão. Para dificultar, a baixa profundidade da agua era extensa, o que obrigava um esforço adicional inicial para correr ainda alguns metros com agua pelos joelhos. É sabido que tudo o que tenha muita corrida não me ajudaJ

Senti-me bem durante o segmento. Procurei navegar bem e evitar grandes confusões. Dou-me feliz por só ter levado 3 murros e dois pontapés! O normal!!
Optei por tirar o fato por completo logo á saída água. Foi uma decisão do momento. A distancia da água ao parque de transição (PT) era pelo menos de 200m. Mais uma vez, o ter que correr, não me ajudavaJ

E foi nesta altura que aconteceu um dos momentos que provavelmente  marcou a minha classificação final. Fui ultrapassado nesta fase pois dois elementos que corriam a bom ritmo.
Os mesmos elementos que saíram do PT para o segmento de ciclismo 5 metros á minha frente. Distancia que não fui capaz de anular e acabei por ficar durante algum tempo em terra de ninguém até ser absorvido por um grupo vindo de trás.

Pedalamos a bom ritmoe apesar de não ter as pernas frescas, fui trabalhando na frente com alguma regularidade. Mas fomos sempre perdendo tempo para o grupo á frente, onde se encaixaram os elementos que estavam 5 metros á minha frente á saída do PT. No final do segmento a diferença entre os grupos terá sido superior a 1’.

Chagava a corrida. Ia receoso. As pernas estavam doridas. Mas consegui “encaixar” um ritmo razoável. Ia com a sensação de ir a correr, não a arrastar-me como receava. Geri o segmento com prudência e consegui manter um ritmo constante até final.  
No final, 7º no escalão V2, o que me coloca numa boa posição para me classificar para o Campeonato da Europa. Mas acima de tudo uma prestação consistente que me deixou satisfeito. Um excelente treino.

Agora que venha o Triatlo da Quarteira e continuar a treinar para o Iron Man de Junho!

Uma ultima nota menos positiva para a organização. Regulamento da prova alterado no dia anterior quando tudo poderia ter sido feito antecipadamente. O tempo final oficial está alguns segundos abaixo do real. No meu relógio deu mais de 1h13’. Para mim irrelevante, mas para quem leva a modalidade de forma profissional, relevante para uma analise dos segmentos mais objectiva.
Não gostei igualmente das sarjetas (para já não referir as lombas) no percurso de ciclismo. Muito perigosas quando se rola e 40km/h em grupos numerosos!


Continuação de bons treinos!!

Wednesday, 3 February 2016

Duatlo de Rio Maior - 1ª prova da temporada




Decorreu no passado Sábado o Duatlo Sprint de Rio Maior, primeira prova disputada em estrada da temporada.

No meu caso particular, era um momento singular. Era a 1ª prova em que iria representar o 3B - Clube Desportivo de Benavente, após mais de 10 anos ligado ao GAA VFXira. Clube ao qual quero agradecer publicamente todo o apoio que me deu, em particular na pessoa do Olímpio Guedelha.
Era igualmente a minha primeira prova no escalão V2. Cada vez mais velhote…J
Competitivamente servia apenas para testar a forma, voltar a sentir a adrenalina da competição e ajudar os restantes elementos do Clube menos habituados a estas andanças. Não havia objectivos classificativos concretos.

A prova.
Sai prudente para a primeira corrida (5Km) e fui lentamente encontrando o meu ritmo. As sensações até não eram más e ia a bom ritmo. Curiosamente, todos os elementos do 3B iam próximos, o que tornava a prova mais engraçada. Aos 4km comecei a sentir as pernas pesadas e a quebrar. Normal tendo em conta o acumulado do treino da semana. Já só pensava no segmento de ciclismo.

Depois de uma transição tranquila sai para o ciclismo com um pensamento de contra relógio. Iria impor um ritmo forte sem estar preocupado com a ultima corrida. Quem me quisesse ajudar, melhor, se não, não atrapalhassem. Fui acumulando alguns elementos da minha roda durante os primeiros km até que o meu colega Bruno Fonseca assumiu tb parte da despesa de impor o ritmo.
No entanto, pouco km depois, veio um duo de trás a grande ritmo e a partir dai tentei seguir e ajudar pontualmente. Fomos absorvendo elementos até sermos provavelmente mais de 30 elementos o que me permitiu relaxar as pernas antes da ultima corrida.

Mais uma vez sai prudente para este ultimo segmento. Surpreendentemente as pernas estavam a reagir e fui capaz de fazer os 2.5km finais a bastante bom ritmo. O que me deixou bastante satisfeito.
No final, um tempo na ordem da 1h04’, bom, mas com a noção que preciso correr os primeiros 5km mais rápido por forma a me posicionar melhor no pelotão.

Fui igualmente com satisfação que vi chegar os restante elementos do 3B, todos com desempenhos interessantes, mas acima de tudo com a sensação de satisfação de terem desfrutado da prova.

Para surpresa minha, ao consultar a classificação final, verifiquei ter sido 5º no meu escalão.
Nunca imaginei que algum dia pudesse fazer top 5 num escalão numa prova que envolve corrida;)

Fica tb a certeza que há um gap significativo de gerações entre V1 e V2. No escalão V1, teria sido 20º. É verdade que há sempre uma taxa de abandono dos atletas com o aumentar dos anos, mas estou crente que existe aqui uma disparidade geracional. Num par de anos, o escalão V2 será certamente mais competitivo.

Próxima prova será o Duatlo da Amadora, tb ele disputado no formato Sprint em estrada. É o Campeonato Nacional de Age Groups. O Objectivo é fazer top 15.
Pronto, tentar correr mais rápido os 1os 5km…

Para terminar um abraço especial ao Hugo Gomes e á Madalena Fontinhas. Sem vocês não haveria 3B e é uma satisfação enorme correr pelo clube!

Saudações desportivas

Thursday, 7 January 2016

Época 2016



Mais um ano desportivo pela frente.

Este ano, subo um escalão, no Triatlo já sou V2. Resumidamente, estou a ficar “velhote”.
E nada melhor que ter um desafio novo e diferente no horizonte para manter o focus e a motivação. Um Iron Man.

Será encarado sem fundamentalismos. O meu gosto é pelo Triatlo e por praticar actividade física, independentemente da distancias e formatos das provas. A ideia passa por fazer, como em épocas anteriores, algumas provas do circuito nacional.

Os meses de Inverno foram positivos. O tempo não muito frio tem ajudado a manter a saúde em boas condições. Os meus tradicionais problemas de infecções pulmonares resultantes dos treinos gelados de madrugada, este ano não apareceram (ainda).

Tenho procurado manter a minha tradicional consistência. Com algum enfoque na corrida. Os treinos de natação e ciclismo têm sido fáceis por forma a ter mais energia para os de corrida. 

Mas as melhorias não são certas. A verdade é que os treinos longos de ciclismo, mesmo a baixa intensidade, sobrecarregam e a recuperação das sessões longas de corrida é lenta. As pernas nunca estão como deviam quando é necessário ter qualidade nas sessões de corrida. Especialmente quando optas por usar intervalos mais curtos e mais intensos em treino.  A verdade é que a idade tb já pesaJ

Do lado positivo, no final do Novembro bati o meu record pessoal aos 15km. No entanto, mais recentemente, o resultado da Silvestre da Amadora foi algo decepcionante. 
Mas tentar coisas novas, mudar, experimentar, faz parte do processo. 
Daqui a 10 dias irei fazer um nova experiencia. 3k em pista. O objectivo é baixar os 11’. Sim, devia ser baixar os 10’J. Mas até para os 11’ a “coisa” está curta…

O objectivo é começar a época no Duatlo de Rio Maior no dia 30, prova que nunca fiz.

Será um ano em que conto igualmente dar um contributo diferente á modalidade. Em 2015 tive a sorte de conhecer pessoas com ideias e energia positiva que me têm desafiado para me envolver em novos projectos.


Conto a breve prazo ter noticias novas.
Bons treinos para todos.

Abaixo está o resumo das horas de treino mensais em 2015