Tuesday 1 June 2010

Triatlo Longo de Aveiro


Uma grande jornada de Triatlo Longo. Muitos participantes, condições climatéricas boas, um local para a pratica da modalidade muito agradável e uma boa organização. Os ingredientes necessários para uma manhã bem passada.

Pessoalmente, a prova tinha um significado especial. A zona onde decorria a prova (S. Jacinto) trazia-me à memória muitas recordações das minhas férias de Verão.
O número de participantes foi surpreendente. Certamente fruto da maior divulgação que o Triatlo tem tido após os Jogos Olímpicos e de um crescendo de amantes da longa distancia. Se olhar para trás e recordar que há 4 anos, o numero de participantes num Triatlo Olímpico era entre os 60 e os 80. Ter quase 200 atletas inscritos numa prova longa, é no mínimo surpreendente.
Como já vem sendo habito, a minha participação esteve em dúvida até ao dia anterior. Apesar de ter casa na Costa Nova, perto do local da prova, a logística familiar esteve complicada. Só ficou resolvida na Sexta-feira à noite.
Mas já a pensar na possibilidade de ir, aliviei a carga na semana passada. Tinha feito um bloco de 3 semanas bastante consistente. Isso dava-me alguma confiança. Em teoria estaria ligeiramente melhor que em Lisboa. Os tempos da natação (em piscina) estavam de volta ao meu melhor nível. Tinha realizado um par de treinos longos de ciclismo bastante bons. Durante a última semana fui alternando dias em que me senti bem com outros em que me senti menos bem. Mas as últimas três noites foram muito más. No dia da prova, quando me levantei, já me sentia cansado. Faz parte. Não esmoreci por isso. Fui para S. Jacinto com determinação.
Tudo correu normalmente antes da prova. “Check In” tranquilo e um pequeno aquecimento na água. Que até estava com uma temperatura agradável. Nada normal nesta zona.
Lá parti. Como sempre, adoptei um ritmo relaxado e procurei navegar o melhor possível. Não vi o tempo do segmento, mas pelos atletas que vinham junto a mim, tinha sido normal.
Fiz uma T1 normal e lá fui para o ciclismo. Esperavam-me 7 voltas que totalizavam 90km num percurso totalmente plano junto a ria de Aveiro. Muito bonito. A minha estratégia passava por manter a potência entre os 250w-270w e nunca deixar o ritmo cardíaco subir acima dos 150 bpm.
Em Lisboa tinha feito uma media de 266w. O objectivo era andar perto desse valor. Comecei prudente. Preocupantemente, quando devia começar a sentir-me bem, aconteceu precisamente o contrario. Na 3a volta senti-me menos bem. Felizmente a energia voltou na 5a volta e consegui impor um ritmo melhor a partir daí. No entanto, ir tanto tempo nas barras, criou-me problemas de conforto. E começou cedo. Já no final da 3a volta ia incomodado. Cheguei a desejar que o segmento terminasse o mais rapidamente possível. No final 262 w de média. Em linha com o esperado. Restava a corrida. Rapidamente percebi que ia ser um arrasto. Adoptei um ritmo muito prudente. Pelas contas, estava a correr para 1h39m, 1h40m. Mas na terceira volta entrei em dificuldades. Na quarta parei e andei uns 400m. Ajudou psicologicamente. Não estava com aquela capacidade de sacrifício normal. Retomei a corrida a um ritmo lento. Fui-me arrastando com algum sacrifício. Só depois do último retorno junto ao Mar, já na quinta e ultima volta, é que comecei realmente a correr (até ai sentia que ia mais a andar em passo rápido). E acabei forte:) No final, 5h02m certinhos. E como sempre uma enorme satisfação por ter terminado. Claro que não estava satisfeito com a prestação. Num dia normal teria feito menos 5 a 6 minutos. Mas nada que interfira com o prazer de ter competido e ter terminado.
Fica apenas a noção que preciso de mais km de corrida.
Por questões de gestão de logística pessoal não irei a Peniche. Tenciono regressar em Oeiras. Uma prova sempre emblemática, mas de características totalmente diferentes.

Bons treinos

3 comments:

  1. Aguentar e fazer um sacrificio para chegar ao fim naquelas condições é de um enorme valor!

    Parabéns!

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  2. Força Paulo, amanhã já é para treinar duro de novo, só assim podemos ir fazendo sempre melhor, um abraço agora só volto a competir em Vila Viçosa.

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  3. Obrigado Paulo. Mas não treines sempre no duro. O segredo está em saber recuperar e treinar no duro nos momentos certos. Mas tu estás bem orientado. Boa recuperação.

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