Friday, 9 December 2011

Capacidade de Sofrimento

Há pouco tempo atrás estava a ler um artigo sobre a Mark Allen On-line. A empresa de coaching do Mark Allen. Era o resumo de uma entrevista com ele. Onde se abordavam temas diversos. Honestamente, quando comecei a ler a peca jornalística achei que não ia ter grande interesse. Mas enganei-me. O conteúdo era simples, terra a terra e realista. Gostei.

Um dos assuntos que ele abordava era a capacidade de sofrimento dos atletas. Especialmente no Triatlo de longa distância. Quem já fez este tipo de provas, sabe que a determinada altura no segmento de corrida, o corpo começa a dar sinais para abrandar ou mesmo parar. A gestão psicológica destes momentos é decisiva para o desenrolar da prova. É importante manter a mente numa “frame” positiva. Se nos deixamos invadir por pensamentos negativos, rapidamente abrandamos, paramos ou mesmo desistimos. É natural que eles apareçam, mas temos que os contrariar. Gerir o subconsciente!

Por experiencia própria sei o que isso é. Descobri que no meu caso, quando entro nessa “zona” o meu sofrimento tem um comportamento sinusoidal. Vai e vem. De quanto mais dura, maior começa a ser a frequência. Em algumas provas que fiz, depois de terminar, fiquei muitas vezes surpreendido por ter “aguentado”, resistido.

O Mark Allen ganhou no Hawai a 1ª vez após várias tentativas. Segundo ele, faltava-lhe esta capacidade. Só quando a adquiriu alcançou o desejado triunfo. Que voltaria a repetir mais 5 vezes.

Dei por mim a pensar em algumas provas da época 2010/2011. Exemplos são o Triatlo Longo de Lisboa, o Triatlo Longo de Aveiro e o CN de Triatlo em Abrantes. Em todas elas andei bastante no segmento de corrida. Se em Aveiro o sofrimento apareceu muito cedo, já em Lisboa apareceu depois de noutros anos.

É verdade que o meu nível físico não estava como em anos anteriores. Mas a diferença era pequena.

A justificação que encontro é que a minha mente não estava com disponibilidade para sofrer de outros anos. Faltou-me resistência mental. Não estava com espírito lutador. Desconheço as razões. Talvez falta de motivação. A falta de rivalidades ou a falta de ter objectivo concretos. Foi um ano ao sabor do vento.

Se bem que o importante para mim continua a ser participar e terminar. Mais do que qualquer objectivo classificativo. Mas quando te vês nos últimos lugares da classificação, a ser ultrapassado por atletas com menor capacidade, o teu orgulho de alguma forma fica “ferido”.

Tentarei reagir:). A ver se reencontro novamente esta capacidade de sofrimento para a época 2011/2012. Pelo menos nas provas mais importantes.

Bons treinos. Bem equipados que está muito frio!

Espíritos Antiquados - Continuação.

No meu último post "Espíritos Antiquados" falei de paradigmas e de como vivemos agarrados a eles. Mas faltou-me concluir. Faltou fazer a ligação entre isso e o mundo real. Os assuntos do dia-a-dia.

Ocorrem-me dois. Um de âmbito geral e que nos toca a todos. O estado actual da Economia e a forma como e pensada. Não sendo um expert em Economia, tenho algumas noções básicas. Nos últimos tempos, sempre que ouço comentários e analises sobre o estado da mesma, o discurso e sempre o mesmo. Todos lêem os mesmos livros, dizem as mesmas coisas. Tipo pensamento único difundido. Honestamente, a sensação com que fico, e que ninguém sabe como resolver o problema e que os modelos económicos actuais estão desadaptados. Precisamos de alguém que veja para além do paradigma. Que entenda o fundo da questão e apresente novas ideias e novas formas de pensar.

O outro assunto e o treino de atletas. Um tema pelo qual tenho um interesse maior.
A maioria dos treinadores conhece o conteúdo dos livros de referência, conhece os princípios gerais do treino, percebe e sabe aplicar as modelizações e alguns têm as suas próprias filosofias. Mas falham na compreensão de que cada atleta é diferente. Que não há receitas neste tema. Estão pouco focados no objectivo final e mais no processo de treino. Nas % das cargas, nas zonas treino, etc. Alguém dizia que o processo de taper começa do primeiro dia do processo de treino. E termina no dia do objectivo principal. Concordo.
Eu próprio no meu processo de auto treino, tenho dificuldades em “sair” do processo de treino e estar centrado no objectivo final. Ainda hoje não o sei fazer.
A iniquidade de cada atleta adiciona complexidade à função. Torna-a desafiante. Os treinadores devem questionar-se todos os dias se o que se esta a fazer é o correcto. Não estar agarrados a fórmulas. Serem inovadores.

Nunca devemos pensar que já se sabe tudo, que nada mais à para descobrir. O que há por descobrir é muito mais do que o que já foi descoberto. Isto deve estar sempre presente!

Bons treinos!

Saturday, 19 November 2011

Espíritos Antiquados

Há algum tempo que não publico nada neste blog. Tenho pensado em escrever várias coisas mas acabo depois por não concretizar. A ver se é desta.

Ao ler a última publicação Inside Triatlhon vários temas me ocorreram. De entre eles houve um que me fez pensar no tema inovação. Na forma como no nosso dia-a-dia aceitamos o que vimos e ouvimos e tornamos isso na nossa “lei”, nas nossas regras, nos nossos paradigmas. A nossa incapacidade natural para questionarmos as coisas. Se elas realmente são como nos as apresentam. Ir ao fundo da questão.

Estava a ler um artigo de nutrição sobre a Zone Diet. Basicamente é uma dieta onde 40% das calorias vêm dos hidratos, 30% da gordura e 30% da proteína. O consumo de hidratos deve vir maioritariamente das frutas e dos vegetais. As proteínas devem ser magras e a gordura deve enfatizar a ingestão de ácidos gordos W3. A ideia passa por reduzir o nível inflamatório do corpo. Nesse estado, ele maximiza a produção de energia. Nada de grande novidade. Quem já leu algo sobre outras dietas, como a dieta do paleolítico, muitos dos conceitos são idênticos.

Mas o ponto é que esta dieta foi sugerida por um medico americano no inicio dos anos 90. Nessa altura, assustados pelo aumento de pessoas obesas na sociedade, o trend das dietas era no sentido de a maioria das calorias vir dos hidratos e uma acérrima guerra contra as gorduras. E no que a atletas de resistência se refere, o enfoque nos hidratos ainda era maior.

Mas começavam a surgir os primeiros indicadores que talvez esta obesidade fosse tb provocada pelo consumo de hidratos em exagero. Quando a Zone Diet foi sugerida, foi severamente rejeitada pela sociedade médica estabelecida e o medico classificado como mais um charlatão da nutrição. Classificação que lhe foi atribuída por muitos colegas de profissão considerados “iluminados”

Ora é aqui que entram os nossos paradigmas e a nossa incapacidade de questionar as coisas a fundo.

Pode-se sempre dizer, que há interesses estabelecidos, etc., etc., mas acima de tudo, a meu ver, o nosso cérebro fica preso a determinados conceitos, e não se consegue libertar deles.

A verdade é que a Zone Diet hoje tem uma aceitação boa. Muitos dos seus princípios são suportados pela investigação científica. Os iluminados afinal não eram assim tão iluminados.

A mensagem subjacente a esta história é que isto nos sucede todos os dias sem nos apercebermos. Esta incapacidade impede-nos de evoluímos em muitos aspectos. Acomodamo-nos. Afinal de contas o ser humano é um animal de hábitos. Mas podemos treinar esta nossa faceta. O 1º passo é ter isto ser presente.

Gosto sempre de recorrer a um exemplo engraçado. Experimentem perante uma audiência escrever num quadro a palavra YES. Seguidamente peçam às pessoas para lerem esta palavra, mas como se ela começa-se por E. Vão ver a quantidade de disparates que vão ouvir. No momento em que colocarmos o E no quadro e a palavra ficar EYES, todos vão ler correctamente EYES (olhos em Inglês)!

Foi necessário colocar o E para que o nosso cérebro percebesse qual era a palavra. Sem estar explicito estávamos “perdidos”:)

Bons treinos. Sem muita chuva e muito vento!

Monday, 3 October 2011

Triatlo de Abrantes - Finalissima do CN Triatlo

Está terminada a época de Triatlo 2010/2011. A 1ª como veterano!

E digamos que desportivamente terminou em linha com a restante parte da época. Fraquita em termos de performances.

Não tenho memória de um prova me correr tão mal. Honestamente não esperava uma prestação tão fraca. Não tenho treinado mais que o habitual. Mas as indicações e as sensações que tenho tido em treino, levavam-me a crer que a minha forma pós Verão era melhor que a anterior ao mesmo período.

Sabia que a prova não me favorecia. O ciclismo era demasiado duro. Mas já tinha feito a mesma no formato Sprint , com um desempenho aceitável. Era isso que esperava.

Não há muito para dizer. A natação foi normal. Fiz a primeira volta das 6 de ciclismo sozinho à procura de encontrar o meu ritmo. Na 2ª volta fui absorvido por um grupo. Resisti ás maiores dificuldades do percurso nesse grupo uma volta completa. No inicio da 3ª volta, por aselhice, sai-me a corrente. A partir dai, parece que morri. Física e psicologicamente. Fui sendo passado por outros ciclistas e nem esboçava reacção para os acompanhar. A parte da subida mais dura, fazia-a quase parado!

Só consegui reagir na ultima volta. Mas assim que comecei a correr, o corpo dava-me sinais de demasiado cansaço. Rapidamente me vi a andar. E assim me arrastei até ao final. Esta porventura, terá sido das únicas coisas positivas. Nunca pensei em desistir. Ia terminar, fosse como fosse.

Mas não estou desanimado. De todo. Continuo a identificar-me muito com esta modalidade e para o ano lá estarei de novo nas linhas de partida.

Mais ou menos competitivo! Mas sempre participativo!

Para o ano há mais!

Bons treinos!

Wednesday, 28 September 2011

Final de CN de Triatlo

Para surpresa minha, o meu pedido de participação na final do Campeonato Nacional de Triatlo foi aceite.

http://www.federacao-triatlo.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1296&Itemid=1


Veremos se depois de tanto sobe e desce...ainda consigo correr:)
Bela forma de terminar a época!!

Bom taper!

Monday, 19 September 2011

Regresso à Competição

Depois de 2 meses sem competir, ontem foi dia de regressar à “lides”. E logo com uma prova de distancia Olímpica (1,5Km+ 40km+ 10km). O 1º Triatlo de Lisboa.

A prova foi disputada junto à Torre de Belém, com ciclismo na Av. na Índia. Um palco motivante, num dia cheio de Sol, mas muito ventoso.

Em relação á prova, não há muito a dizer. Uma natação sem comprometer e um furo aos 12km quando ia inserido num grupo interessante. Não deu para aquecer nem cansar:(

O piso em alguns pontos do percurso está muito mau.

Mais interessante sem duvida a vitória do João Silva e o regresso da Vanessa Fernandes à competição esta madrugada no Japão!

Quanto a mim, é esperar que me deixem participar em Abrantes daqui a 15 dias. Se não, finito por este ano no que se refere a Triatlos!

Bons treinos!

Wednesday, 7 September 2011

Indoor Training

Com o final do Verão a aproximar-se, os dias começam a ficar mais curtos. Amanhece mais tarde e anoitece mais cedo. Para a maioria dos Triatletas que treinam ou de madrugada ou ao final o dia é altura de voltar aos rolos!!

Recordo-me quando comprei o meu rolo. À uns 8 anos atrás. Muitos olhares desconfiados sobre mim. Não faltaram os comentários: “isso não te faz andar mais”. Ao que respondi, sim, talvez, mas acima de tudo, é para evitar que ande menos

No meu caso, que treino 3 x semana ciclismo. Duas das sessões são de rolo. 1h de madrugada!

O ciclismo para mim é das três modalidades do Triatlo, a mais libertadora. Não troco por nada o poder cruzar um campo verde sobre o brilho do Sol. É uma sensação única.

O rolo tem alguns pontos a favor.

• permite rentabilizar melhor as sessões. Não á quebras de ritmo nem cruzamentos. O aquecimento é mais rápido.

• permite realizar as tarefas com maior precisão. Regular com precisão a intensidade. Ter uma progressão de cargas mais exacta.

• Permite realizar treino a cadência de pedalada

Mas tb muitos contras. Entre alguns, salientaria os seguintes:

• Não permite treinar a perícia. A técnica de manobrar a bicicleta. Muito importante.

• Não é especifico. Na estrada, há quantidade de movimento. Treinar com resistência, não é o mesmo que fazer subidas. A força é aplicada de forma diferente.

No meu entender, sempre foi uma ferramenta para nós amadores. Para os profissionais que têm o tempo todo para gerir, só o via como uns instrumento a usar em caso de mau tempo. Ou de alguma lesão que beneficia-se da posição parada.

No entanto, á um par de meses atrás, li um artigo sobre o tema. De um trend que há nos EUA de alguns Triatletas fazerem quase 100% do seu treino nos rolos. O “cabeça de cartaz” desse trend é o Andy Potts. Não estamos a falar de um atleta qualquer. Estamos a falar de alguém que foi um razoável atleta ITU e já campeão do mundo de 70.3.

No caso dele, faz 6 x 2h30m por semana, quase sempre no rolo! É obra. A verdade é que tendo ele vindo da natação, estando habituado a ver linhas pretas no funcho da piscina, justifica muita coisa. 2h30m no rolo é um treino mental tremendo. Não admira que o trend seja liderado por atletas de distancia longa. Onde este atributo é fundamental. Pedalar muitas horas sozinho!

Além disso, a maioria dos percursos das provas longas são pouco técnicos. A perícia não é fundamental e a componente libertadora de andar na estrada é secundaria. Eles perseguem um objectivo competitivo. Fazem tudo para maximizar a obtenção do mesmo.

Mas não deixo de ficar surpreendido pela quantidade de volume indoor que fazem!
Já experimentei fazer uma vez 2h30m no rolo…de loucos!! Nada como uma volta perdido no meio da natureza!

Bons treinos no rolo...ou não!!

Wednesday, 27 July 2011

Triatlo de Abrantes

O Triatlo de Abrantes que decorreu no passado Domingo marcou o meu regresso e o de Vanessa Fernandes a competição:) No caso dela, foi um regresso feliz. Ganhou! No meu caso, foi um regresso feliz. Diverti-me:)

As ultimas semanas de treino têm sido boas. Tirando a natação, onde estou de novo a trabalhar e corrigir pormenores técnicos, a consistência do treino tem sido boa.

O objectivo era testar o estado de forma. Nesta prova, o percurso de ciclismo é duro. Muito selectivo. Não me beneficia, mas torna a resultado das prova mais justo. Quem tem pernas, anda. Quem não tem, não anda.

O segmento de natação foi tranquilo. Não fui no limite. O esforço não iria compensar o beneficio. Sabia que não tinha capacidade para seguir as rodas dos grupos mais adiantados. Acabei mesmo por cometer um erro de navegação entre a primeira e segunda bóia. Perdi a concentração e perdi o grupo onde ia. Dei por mim demasiado à direita e só. Mas não comprometeu.

A T1 foi normal. Assim que começou o segmento de ciclismo percebi que não estava com as pernas muito famosas. Conseguia seguir com os grupos até a subida principal. Depois era ver os elementos mais fortes partirem. Colocava o meu ritmo e seguia. Fui-me defendendo como podia.

Chegava o segmento de corrida. O início foi decepcionante. As pernas estavam presas, não conseguia soltar-me. Mas tudo mudou no inicio da 2a volta. Passou por mim o Pedro Cordeiro. Coincidiu com o momento em que a Vanessa ultrapassou a Anais Moniz. Comentei isso com ele. Respondeu-me que ela tinha ido no grupo de ciclismo dele. Decidi colar. Surpreendentemente consegui. Fui aguentando até ele entrar para a meta. Segui para a 3a volta. Ia o José Guilherme oliveira 20m a minha frente. Ele já me tinha ultrapassado muito tempo antes. Foquei-me em não descolar e no recta da metal ainda tive capacidade para o ultrapassar.

No final, um resultado aceitável e aquela satisfação de missão cumprida.

Foi ainda com grande orgulho que assisti a duas subidas ao pódio do clube. O João Martins foi 2º em V2 e o Olímpio 3º em V4. Muito bom mesmo.

Agora vêm as férias. O objectivo é tentar não perder muita forma física.
Voltarei a competição em Setembro.

Bons treinos e boas férias!

Wednesday, 6 July 2011

Um Titulo Simbólico

Como tinha anunciado, no fim de semana passado participei no Nacional de Masters de Verão.
Que posso dizer, fui campeão Nacional Masculino de Clubes!

Obviamente que a minha contribuição para a pontuação do clube (Sport Algés e Dafundo) foi mínima, mas não deixa de ser um titulo engraçado!

E gostei mais desta experiencia do que a de Inverno em Ponte Sor. Não pelo ambiente, que era idêntico. Mas especialmente pelas condições da Piscina. Fiquei igualmente mais satisfeito com as minhas provas. Como tinha anunciado, nadei 400m livres e 50 livres. Tudo isto no Sábado de tarde.

1ª foram os 400m. Nunca os tinha nadado em piscina de 50m. Sabia que ia ser mais lento que em 25m. Não sabia o quanto. No Inverno tinha nadado em 6m15s em Ponte Sor. No dia anterior fiz exactamente este tempo em treino. Sem salto. Achei que 6m20s seria um bom objectivo.

O meu treino de natação tem andado muito inconstante. Este ano já estive melhor. Decidi nem olhar para os placards dos tempos durante a prova. Gerir por “feeling”. A estratégia passava por controlar até aos 200m e a partir dai acelerar. O resultado final foi de 6m30s. Longe dos 6m20s do objectivo. Mas quando analisei os parciais vi que passei aos 200m com 3m13s. Todos os percursos de 50m foram no s 48 e 49 (excepto o 1º). A prova tinha sido bastante bem gerida!

Nos 50m acabei até por superar o meu objectivo. Fiz 33s! De salientar o resultado do Bessone Bastos. 65 anos, nadou na minha série. Fez 32s! Fantástico!

Resumindo, uma tarde muito bem passada. Excelente!

O meu treino anda razoável. Tenho tido alguma consistência na corrida e no ciclismo. Contava ir a Vila Viçosa testar o estado de forma. Mas imprevisto familiares de ultima hora não me vão permitir estar presente. Tentarei voltar a competir em Abrantes.

Bons treinos

Friday, 1 July 2011

Back to Kids Swimming

Amanhã vou de novo brincar aos nadadores!
Campeonato Nacional de Verão de Masters. Na piscina do Jamor. Novamente em representacao do Sport Algés e DAfundo! O "nabo" junto de alguns ex olímpicos. 400m livres e 50m livres.
Objectivos? Nem sei! Talvez 6m20s aos 400m e 34s aos 50m!
A piscina tem 50m...a ver se não me afogo:)

Bons treinos

Tuesday, 28 June 2011

Estrategias de Equipa


Ultimamente tenho escrito exclusivamente sobre as minhas provas. Ocorreu-me desta vez escrever sobre algo diferente. A importância do trabalho de equipa no Triatlo. Especialmente no que se refere a provas de distancia olímpica onde o drafting no segmento de ciclismo é permitido.

Não é um tema novo. Mas a sua importância cada vez é maior. Se recordarmos os últimos Jogos Olímpicos é fácil perceber que alguns países, os que conseguem ter 3 elementos, utilizam estratégias de equipa durante a prova. Tanto no segmento de ciclismo, como no segmento de natação.

Foi evidente que países como a Nova Zelândia, o Canadá, tinham na sua equipa um elemento cuja principal função era trabalhar no segmento de ciclismo de forma a garantir que o “chefe de fila” chegasse à corrida em posição de disputar a vitória. Não admira que estes elementos tenham ficado nas últimas posições. Mas ambos os seus chefes de fila, chegaram às medalhas.

Ainda neste ultimo fim-de-semana, na prova de Elites masculinas do Campeonato da Europa, assistimos a um trabalho de equipa tremendo da equipa Inglesa. Durante o segmento de ciclismo, o grande favorito à vitória, o Inglês Alister Brownlee, teve um furo. Que o fez atrasar um par de minutos. Imediatamente um outro elemento da equipa deixou-se ficar para trás para o ajudar a juntar ao grupo principal. Ao mesmo tempo, outro elemento tentava abrandar o ritmo na frente da corrida. Dessa forma, Alister conseguir voltar a reentrar no grupo principal, acabando por vencer a prova.

As declarações do Espanhol Xavier Gomez no final da prova são igualmente reveladoras das estratégias que ocorrem durante o segmento de natação. Queixava-se ele que um elemento da equipa Inglesa o tentou desviar da sua rota. Era comum assistir a estas “manobras” por parte de Australianas e Americanas nos tempos áureos da Vanessa Fernandes.

A própria escolha do 3º elemento de algumas nações, não obedece exclusivamente a critérios de resultados competitivos individuais. Obedece a esta lógica do jogo de equipa. Um exemplo é a federação americana de Triatlo ter escolhido um ex-ciclista para membro da equipa de seleccionadores. Alguns países optam por fechar a equipa com muita antecedência. Com o objectivo de optimizar e praticar as estratégias de equipa com antecedência.

Mas ter um excelente ciclista na equipa pode não ser suficiente. Vejamos o que tem acontecido ultimamente em algumas provas do circuito ITU. Especialmente nas provas onde o segmento de natação é disputado sem fato isotérmico, tem havido formação de grupos. E o grupo da liderança inclui sempre atletas muito fortes em qualquer segmento. Tornando muito difícil aos grupos mais atrasados, reagrupar. Se o objectivo é controlar a prova, o elemento “sacrificado” terá que ser igualmente um excelente nadador.

Se olharmos à selecção Portuguesa, tudo indica que teremos um super corredor que é o João Silva. Num dia sim, e dependo da sua evolução durante 2011 e 2012, poderá disputar os lugares cimeiros. Top 10. Contamos igualmente com um excelente ciclista. O Bruno Pais. A grande questão é saber se conseguirá sair da água junto dos da frente. E se o conseguir, estará ele disposto a trabalhar para a equipa sacrificando a sua classificação final. Não esquecer que foi 16º nos últimos JO e 12º na grande Final ITU do ano passado. É um atleta que num dia bom pode surpreender. Sacrifica-lo não é uma decisão fácil O terceiro elemento deverá ser ou o João Pereira ou o Duarte Marques. Ambos melhores nadadores que o Bruno, mas que têm no ciclismo o seu ponto mais frágil.

Desconheço na totalidade como está a FTP a encarar este tema. Mas acredito que com o aproximar da data dos JO, comece a ser um tema importante na agenda!

Bons treinos!

Tuesday, 14 June 2011

Triatlo de Oeiras. Uma prova moralisadora!


Oeiras, aquela bela localidade, foi o cenário de mais um triatlo no passado dia 10. Foi o meu regresso ás provas curtas de Triatlo.

É uma prova especial. Cresci naquela zona. Voltar a percorrer aqueles caminhos é recordar bons momentos. Além disso, é um concelho onde a pratica desportiva está bem difundida. Era de prever um numero elevado de participantes. O dia ajudou e assim foi! Mais de 400 atletas à partida!

Cheguei com tempo e todos os preparativos correram tranquilamente! Diria mesmo que correram mesmo muito bem!
A prova em si começou com um episódio engraçado. Esqueci-me que sou veterano:) Faltavam uns 30s para a partida quando me foram dizer que tinha que ir para o lado dos veteranos:)

Desta vez estava decidido a “sofrer” na água. E assim foi. Mesmo depois de muita confusão até à 1ª bóia, consegui sempre manter um ritmo forte. Sai da água na posição que queria. A T1 não foi a ideal, mas não comprometeu.

Chegado o segmento de ciclismo era altura de esperar pelos ciclistas fortes que viriam de trás. O 1º a aparecer foi o Sica. Fui com ele. Ia um grupo numeroso uns 20s à nossa frente. Ele incentivou-me a ajudar na perseguição. Fui ajudar o melhor que pude. Erro de principiante. Sou um ciclista mediano. Os nossos esforços foram em vão. Pior que isso, mesmo no inicio da subida da Cruz Quebrada, fomos alcançados por um grupo numeroso que vinha com um andamento bastante forte. Acabei por ficar “pregado” na subida. Não tive capacidade para ir com o grupo. Tinha-me desgastado demasiado.

Acabei por ficar num pequeno grupo onde íamos “puxando” à vez. Já no retorno, ao chegar a Paço de Arcos acabamos absorvidos por um grupo numeroso que vinha em bom andamento. Finalmente consegui descansar um pouco até á T2. Faltavam os 5km de corrida.

Fiz uma rápida T2 e assim que entrei na Marginal fui alcançado pelo meu colega de treino Nuno Pereira. Fui no seu encalço. O ritmo era desconfortável mas fui resistindo. Sentia que desta vez ia a correr. Estava a conseguir ir no meu limite. Resisti 4,7 km. A 300m da meta descolei do Nuno. Mas não quebrei. Estava quase. No final, apesar do resultado classificativo ter sido médio, estava muito satisfeito. Mais que a classificação, o facto de ter conseguido “correr”, de ter ido ao limite, era o mais importante para mim. Ficou “o amargo de boca” por ter perdido aquele grupo no ciclismo. Custou-me 2m no tempo final. Teria sido a minha prova mais rápida de sempre.

Se algum mérito esta prova teve foi melhorar o moral. A vontade de treinar. Estava a precisar.
Agora deverei voltar a competir no Triatlo Olímpico sem “roda” de Vila Viçosa, dia 12 de Julho.
Pelo meio há o Triatlo de Aveiro. Não faço planos de lá ir. Mas veremos!

Bons treinos!

Wednesday, 1 June 2011

Triatlo Longo de Aveiro – Mais um monumental arrasto numa excelente prova .

No passado Domingo completei o meu 6ª Triatlo Longo. O meu 2º em Aveiro. Mais concretamente em S.Jacinto.

Se o Triatlo Longo de Lisboa é uma prova a não perder que pela sua dimensão, a prova de Aveiro para mim será sempre nostálgica. Passei muitos Verões naquela zona. Voltar ali é recordar muitos bons momentos. Além disso, o cenário da prova é muito bonito.

Em relação à prova em si, a minha prestação foi quase em linha com o que esperava. Uma natação normal, um ciclismo razoável e uma corrida muito fraca. Demasiado fraca para o objectivo a que me propunha. Fazer a prova abaixo das 5h. Fiz 5h09m.

O dia começou cedo. A prova começava ás 8h. Cheguei a S.Jacinto eram 6h45m. Os preparativos correram muito tranquilamente. Sem surpresas de ultima hora. Receava o aparecimento da chuva. O tempo andava a prometer isso mesmo. Mas felizmente não, esteve um dia muito bom. Apenas o vento que este ano soprava de Sul estava intenso.

A partida foi dada à hora e assim começava mais uma jornada triatletica! A natação foi tranquila. Não correu particularmente bem porque naveguei muito mal varias vezes e fiquei só durante a maioria do percurso.

O ciclismo foi razoável. 4 voltas de 22,5 km. A 1ª parte do percurso com vento pelas costas. O retorno, dureza, dureza. Como é habito fui controlando a intensidade pelo medidor de potencia. Novamente o meu ritmo cardíaco estava em valores ridículos. Cheguei a ver 132 bpm para uma percepção de esforço moderada. Em condições normais estaria perto das 150 bpm. Durante todo o segmento fui alternando entre momentos bons e maus. Por vezes sentia-me bem e fluido a pedalar. Noutras altura, sentia-me desconfortável e sem força. É normal isto suceder num segmento que dura 2h40m no meu caso. O resultado deste segmento acabou por ser razoável, dentro que que julgo estar a valer a pedalar.

Ia começar a minha prova:) Entrava na corrida. Sabia de antemão que algures iria andar. Até me passou pela cabeça (não na prova, mas antes dela) começar a andar de inicio. O 1km. Talvez recuperasse as pernas e depois conseguisse correr os restantes 20km. Mas em prova não o consegues fazer. Enquanto tens energia e a dor não é demasiado insuportável, não paras.

Pelos meus cálculos iniciais, teria que correr em menos de 1h42m para baixar as 5h. Perfeitamente possível. Quando entrei para a 2ª das 5 voltas, o objectivo ainda estava de pé. Mas aos 6km a máquina começou a entrar em modo de alarme. Demasiado cedo. Comecei a andar aos 7km. Mesmo o recomeçar a correr era penoso. Ia demasiado devagar. E assim foi até à ultima volta. Só voltei a correr normalmente os últimos 3km. No final, 1h52m para o segmento. Muito mau! Objectivo falhado:(

Mas nestas coisas, um dos objectivos é terminar. E esse estava alcançado! Tinha sido uma bela jornada, num excelente local.

Espero voltar à competição em Oeiras. Embora haja a possibilidade de ter um compromisso nesse dia que inviabiliza a minha participação. Gostava de ainda fazer mais um Triatlo Longo este ano. Mas pelas notícias que correm, não deverá haver mais nenhum cá em Portugal.

Ir ao estrangeiro não é muito provável e acabo por ficar com a sensação que a época terminou…em Maio!

Bons treinos!

Tuesday, 17 May 2011

Montemor-o-Velho - Um arrasto de ultima hora!

Contra todos os meus prognósticos, Domingo participei no Triatlo Olímpico de Montemor-o-Velho.

Não contava ir. Apesar disso, tinha-me inscrito por forma a manter em aberto a possibilidade de participar.

A decisão de ida foi tomada ás 21h de Sábado!

Só tive tempo de arrumar o material no carro e ir dormir. A prova era ás 11h30m. Não era preciso madrugar. Apontei para estar em Montemor ás 10h.

E assim foi. Ao chegar, estranhamente os sentimentos eram mistos. Estava contente por estar ali e ir competir. Mas por outro lado, ia estar o dia todo sem as pequenas. Questionei se valia a pena. Procurei despir o sentimento de pai galinha e focar-me no momento. Devia ser a ansiedade pré competitiva a baralhar-me as ideias:). O vulgo nervoso miudinho!

Não tinha expectativas para a prova. A semana de treino tinha sido boa. O corpo está a absorver bem o Triatlo Longo e já consegui treinar com alguma qualidade. Como não contava ir à prova, não abrandei o treino.

Inicialmente, pensei em tirar tempo aos 1500m de natação. Fazer este segmento “à morte”. O local onde se nada é propicio para isso. Depois geria a prova a meu belo prazer. Tentando fazer um segmento de ciclismo conservador por forma a conservar energias para a corrida.

Mas para minha surpresa a prova era sem fato e estava um vento que criava uma “marola” considerável na água. Durante o aquecimento perdi a coragem de me atirar ao segmento que nem um leão!

Parti mal e a ritmo moderado. Apanhei muita confusão até à 1ª bóia. Pela 1ª vez levei um muro no olho direito que me fez saltar os óculos. Nada que me tenha atrapalhado. Voltei a por os óculos e retomei o meu ritmo.

Ao rondar a ultima bóia reparei que ia um grupo numeroso uns 20m à minha frente. Acelerei para o apanhar. Consegui. Dei por mim a pensar que devia ter nadado aquele ritmo todo o segmento:)

Uma T1 normal e logo para começar o segmento de ciclismo, um desastre a calçar os sapatos. De maçarico mesmo! Todo o esforço para apanhar o grupo foi-se ali! Mas ok, sabia que viriam outros grupos fortes detrás. Fui gerindo o segmento sem forçar muito. Na 4ª volta, quando finalmente ia num grupo “para o meu andamento”, mais uma nabice.

No inicio da subida, ao querer aumentar a desmultiplicação, sai-me a corrente. Com a pressa, coloquei-a mal e voltou a sair. Acabei por perder ali algum tempo e grupo foi-se.

Sem stress. Continuei sem forçar muito até à T2. Estava satisfeito com o segmento. O ritmo tinha sido o correcto. Não forcei demasiado.

Mas o pior estava para vir. Uma rápida T2 e começava o sofrimento. Desde os primeiros metros que o corpo me mandava abrandar. Mas abrandar era equivalente a andar. Ia literalmente a arrastar-me. E sem grande história lá percorri 10km num arrasto doloroso para acabar com um tempo miserável. 48m:( Tinha obrigação de fazer 45m.

Este ano já me começo a habituar a estes segmentos de corrida penosos. Tenho treinado menos corrida que em anos anteriores, mas não creio que a justificação de tão fraco desempenho seja essa (ou só essa). Tenho umas pistas.

No final a satisfação enorme de ter terminado. Mas desta vez os sentimentos eram mistos. De um lado, não poderia esperar grandes coisas. Estou mais pesado, fiz um Triatlo Longo á 15 dias, não abrandei o treino e para o meu volume actual de treino, só o facto de estar na meta é sinal de satisfação. Do outro a frustração com o segmento de corrida. Sempre foi o meu segmento mais fraco. O meu talento para correr é reduzido (para nadar e pedalar tb não é muito maior:))

Mas o segmento não pode ser tão fraco. Gostava de poder fazer um segmento “normal”. Realmente a correr. Não a travar constantemente e a pensar em encostar. Há que pensar e perceber as razões e melhorar. Pelo menos tenho algo com que em entreter. Esta é uma das vantagem do Triatlo. Há sempre algo a querer melhorar.

Agora venha novamente um Longo. Aveiro. E sim, com a certeza que irei andar na corrida! Não são 15 dias de treino que vão alterar o que seja! Mas não vai ser isso que me vai demover!

O objectivo é baixar as 5h!

Bons treinos!

Wednesday, 4 May 2011

Triatlo Longo de Lisboa 2011

Excelente momento. Participar neste evento justifica todos os sacrifícios que fazemos na sua preparação. O ambiente, um parque de transição com quase 600 bicicletas, o local, o desenrolar da prova, muito bom!

Começo por dizer que a prova não me correu de feição. O resultado foi aquém do que queria fazer.

“Congratulations Paulo on completing the Lisboa International Triathlon in a finish time of: 5:05:06”

Um resultado em linha com o esperado seria algo entre 4h55m e 5h.

Mas há que encontrar algo positivo na adversidade. Assim fico com motivação redobrada para treinar mais e cumprir da próxima vez.

O dia começou cinzento a ameaçar chuva. As primeiras horas da manhã foram tranquilas. Todo o material já estava pronto desde o dia anterior. “Checkin” feito, alguma socialização e estava na hora de me dirigir para o local da partida. Entretanto caiam as primeira gotas de chuva. A deixar adivinhar que viria mais.

10m de aquecimento na água e tudo pronto para partir. A minha estratégia para a natação passava por evitar grandes confusões na partida e fazer o segmento num ritmo moderado. E assim foi. Exactamente como queria. No final um tempo na casa dos 32m. Dentro do esperado.

Feita a T1, começava o segmento de ciclismo. Comecei prudente. A prova só começa verdadeiramente depois do km 60. Levava a lição bem estudada. Ia a controlar o intensidade pelo Ergomo (potenciómetro), pela percepção e esforço e pelo ritmo cardíaco. Não queria pedalar tão forte como no ano passado. Estava receoso da corrida. A ideia passava por controlar (mais) o segmento de ciclismo.

Apesar da chuva e do vento, o segmento foi perfeito em termos do esperado. Menos 10W de média que no ano anterior. Mas nunca quebrei. Mantive um ritmo uniforme as 4 voltas. 2h44m no final para os 89,6 km medidos no Ergomo. Procurei igualmente manter-me hidratado e alimentar-me bem.

É verdade que nunca me senti confortável a pedalar como em anos anteriores. Estranhamento o meu ritmo cardíaco estava muito baixo para a percepção de esforço. 8 a 10 batimentos abaixo do normal. As condições climatéricas podem justificar parte desta diferença, mas não toda. É um fenómeno que me tem ocorrido no ultimo mês. Mas em geral sinto-me bem!

Vinham ai os 20km de corrida. Nesta fase dou por mim sempre a pensar que a minha prova acabou de começar! Agora é que vão ser elas! Comecei a correr muito preso. E com ameaças de cambreas no bíceps da perna. Não era um bom sinal. Mas existe sempre um período de adaptação. Reduzi o tamanho da passada e aguardei. O ritmo cardiaco continuava em valores anormalmente baixos. No retorno da 2ª volta, aproximadamente aos 7km, comecei a sentir-me melhor. Naturalmente o meu ritmo aumentou. Mas infelizmente foi “Sol de pouca dura”.

Ao entrar na 3ª volta comecei a sentir enormes dificuldades. As pernas pesavam toneladas. O ritmo decaiu. Muscularmente estava acabado. Resisti mais 2km até que no retorno da 3ª volta comecei a andar. Ao contrario de anos anteriores, não andei só no abastecimento. Continuei mais tempo. Recomecei a correr mas não o consegui fazer por mais que de 1km seguido. Só sai deste anda, corre, anda, corre aos 18km. Nesta fase, mentalmente, o mais difícil já passou. De tal forma que fiz os últimos dois km abaixo dos 4m30s/km.
Procurei focar em terminar abaixo das 5h05m. Tinha que ter um objectivo para me manter “vivo”. Por 6s não consegui!

No final um parcial para o segmento de corrida de 1h42m. Bastante fraco. O ano passado corri em 1h34m depois de um segmento de ciclismo mais intenso.

Mas claro, só facto de ter terminado encheu-me de alegria. Estava feliz na meta!

Em relação ao resultado, não há desculpas. É que estou a valer. Há que treinar mais e melhor para melhorar.

A recuperação tem sido surpreendente. Normalmente o 2º e o 3ª dia após a prova são muito difíceis. Mas deste vez não. Apesar das normais inflamações musculares e de outras mazelas, tenho-me sentido muito bem. Esta semana é de recuperação.

Agora é pensar no Triatlo Longo de Aveiro já no final do mês. Pelo meio há o Campeonato Nacional em Montemor. Por motivos de gestão familiar, não deverei ir a Montemor. Mas ainda não está decido. Estive lá o ano passado e gostei da prova.

Bons treinos

Tuesday, 26 April 2011

De regresso aos Triatlos Longos


Faltam 4 dias para o meu primeiro Triatlo Longo do ano. É já este próximo Sábado. A Expo será o cenário.

O treino está feito. Agora e descansar e manter. Não tenho grandes espectativas em relação à minha prestação. O treino tem sido muito pouco estruturado.

Este ano treinei menos mas de forma diferente. Fiz mais sessões longas após pedalar e fiz mais treino de rolo. Em alguns Domingos, troquei as sessões longas a solo na estrada por sessões longas de rolo. Cheguei a fazer 2h30m de rolo. Uma completa novidade para mim. O meu record no rolo era 1h20m!  O objectivo era treinar com mais intensidade. Fazer render mais as sessões.

Sinto que posso nadar melhor e pedalar ao mesmo nível de anos anteriores. Onde a coisa está fraca é na corrida. Este ano tenho corrido menos e com pouca qualidade. E o peso…

A semana que passou estive de féria e rumei ao Minho. O tempo não ajudou muito mas consegui ir fazer as minhas voltas predilectas. Nada de grandes empenos. O problema foi outro. A dieta. Terrível. Descontrolei-me com tanto doce e o peso foi por ai acima! Para valores á muito não vistos!

Ok, ok, deve ser do “Carbload”:). Ou então retenção de líquidos:)
O equipamento vai ser praticamente o mesmo do ano passado. O setup da bicicleta é o mesmo. Até os ténis (velhinhos) são os mesmos.

Mas acima de tudo é uma prova que gosto muito e é o regresso aos longos!
Seja qual for o resultado, tenho a certeza que vou disfrutar!

E sim, este anos não vou em "comboios", mesmo que dentro deles consiga manter a distancia legal!!

Bons treinos

Tuesday, 12 April 2011

Evolução

A semana que passou foi intensa! Dura, mas positiva. Nas ultimas semanas tenho aumentado os meus níveis de a minha aplicação. Gosta de realçar em particular a natação. Em treino estou a nadar melhor que nunca.

Quando me iniciei na modalidade lembro-me de sair da água com 17m, 18m nas provas sprint (750m). O tempo em si sempre foi insignificante. O que me deixava descontente era não estar realmente por dentro da prova. Sair muito atrás na água não o permite.

Queria evidentemente melhorar o meu nível de natação. Mas tenho o tempo limitado. Nado duas a três vezes por semana. Sessões de45m a 1h.

A solução é ter paciência e ser consistente. Nadar em 15m numa prova sprint dá grosso modo uma media de 2m/100m. Há 5 anos fazia 30m aos 1500m em piscina. Hoje estou muito próximo do minuto 25. Conto este, nas provas sprint, sair regularmente no minuto 12.
5 a 6m menos que no inicio. E sinto que ainda posso evoluir mais. Interessante.

Existe em muitos atletas que experimentam o Triatlo, um estigma negativo com a água. Alguns são excelentes ciclistas e corredores. Mas têm dificuldades na água. Muitos desistem ou aceitam que têm que fazer provas de trás para a frente.

São poucos os que têm paciência para fazer uma aposta dedicada na natação. Demora alguns anos. Mas estou convencido que com um boa orientação e dedicação, a evolução virá.

A preparação para o Longo de Lisboa continua. Neste momento sinto-me bastante cansado. O treino tem sido bom, mas o descanso uma lástima. Especialmente a qualidade das noites. 
Está na altura de começar a aliviar. Ganhar alguma frescura. Bem que preciso!

Bons treinos

Wednesday, 30 March 2011

The Hard Way

O Triatlo Longo de Lisboa aproxima-se. Faltam menos de 5 semanas.

Como já tenho referido, a minha preparação tem sido longe do ideal. Não obstante isso, este fim de semana que passou enchi-me de coragem e fiz um pequeno ensaio. Para ser solidário com os Triatletas quem foram a Porto Santo à terceira edição da prova longa.

Devido a mudança da hora, levantei-me com as galinhas no Domingo e fui-me “destruir” na bicicleta. Um misto de rolo e estrada que me ocupou mais de 2h30m e que me deixou algo empenado.

Mas a história desportiva dessa manhã não acabava aqui. O plano passava ainda por ir correr os 12km de Salvaterra de Magos. E lá fui. Sofri qb e fiquei satisfeito com a minha prestação. Mas as mazelas ficaram no corpo.

Tenho andando todo dorido neste últimos dois dias. Sem energia nenhuma. Só hoje, 4ª feira, me voltei a reencontrar. Talvez tenha feito mais do que deveria. Veremos como o corpo reage daqui para a frente.

O tempo urge e a tentação de fazer estes “atalhos” é grande. Mas os risco de não respeitar o principio da progressividade das cargas são grandes. Lesões, etc.
O meu conselho é sempre: “devagar se vai ao longe”. É caso para dizer, faz o que eu digo e não faças o que eu faço!

Bons treinos!

Tuesday, 22 March 2011

Triatlo de Alpiarça

Como antevia, uma dia fantástico a dar as boas vindas ao primeiro Triatlo de 2011.
Sol, muito Sol, temperatura primaveril e um brisa agradável.

Apesar da prova ser perto de casa, levantei-me cedo. A ideia era fazer 1h de rolo na bicicleta de TT para me ir adaptando à posição. Apenas rolar, nada que me fizesse gastar muita energia. Acabei por apenas fazer 35m. Pelo menos fiquei logo com o aquecimento feito!

Depois foi comer e rumar a Alpiarça. Ainda cheguei com antecedência suficiente para sentir o ambiente. Com calma preparei o material e fiz o “check in”.

Um dos meus objectivos nesta prova era experimentar o conforto de algum material novo. O fato isotérmico Sailfish Vibrant e as meias de compressão que tenciono usar no Triatlo Longo.

Quando me dirigia para a entrada da água para vestir o fato, sucedeu um episódio inédito. Uma cobra atravessava velozmente o local das bóias de saída da água! A dirigir-se para as pedras da barragem. Coitada, devia estar bem assustada com tanta azafama!

Entrei na água, aqueci bem e procurei uma posição tranquila para partir. Parti prudente. Esperava muita confusão até a 1a bóia. Houve alguma. Há sempre. Mas felizmente ficou longe das minhas expectativas. Procurei manter um ritmo forte mas não demasiado desconfortável, navegar bem e ir nos “pés” de outros atletas. Terminado o segmento, fiz uma T1 tranquila e pelos atletas que me rodeavam, percebi que o tempo do segmento de natação tinha sido razoável. A dureza ia começar.

Comecei o ciclismo sem querer forçar muito. Sabia que viriam de trás bons ciclistas. E assim foi. A determinada altura surgiu o Pedro Pinheiro, seguido do Rui Simões e do João Santos. Tentei ir. O percurso era técnico. Muitas mudanças de direcção e subidas pequenas. Em algumas acelerações fui quase ao limite. Até que no final da 1ª volta perdi o grupo. Abordei mal a mais selectivas das subidas. Vinha embalado da descida anterior e ao curvar para o inicio da subida tive que travar. O grupo abriu 5m que nunca mais consegui fechar. Estive perto de o conseguir já mesmo antes da entrada da 2ª volta. Mas já ia nas ultimas e assim que houve uma aceleração, fiquei “pregado”. Fui absorvido por outro grupo menos forte e ressenti-me do esforço anterior. Demorei alguns km até voltar a encontrar as pernas (ou parte delas. Nunca as encontrei todas novamente:)). Voltei a passar por dificuldades e estive quase a perder este novo grupo. Felizmente consegui restabelecer-me antes de chegar à T2. Mas as marcas ficaram e o pior estava para vir.

Chegava a corrida. Mas não as pernas. Foi um autentico arrasto. Não propriamente um grande sofrimento. Simplesmente só tinha uma velocidade. Lenta. Ou melhor, muito lenta. Não dava para mudar. O ciclismo tinha deixado a sua marca. Acabei por ser passado por muitos dos meus normais concorrentes.

Mas fiquei satisfeito com o resultado final. Tenho treinado menos e o descanso não tem sido o melhor. Continuo a conseguir estar na disputa da prova com os meus grupos de referencia e a disfrutar da mesma.
O fato esteve perfeito e as meias não incomodaram. Material aprovado!
Terminada a 1ª prova como Veterano:)

Um ultima palavra para a prova em si. Muito boa. Excelente local para a pratica da modalidade, muita participação (380 atletas partiram) e um percurso de ciclismo suficientemente selectivo para separar o “trigo do joio”.

Agora que venha o Longo no final de Abril

Bons treinos

Saturday, 19 March 2011

Primeiro Triatlo


Amanhã regresso ás provas. Primeiro Triatlo do ano 2011. Perto de casa, Alpiarca.

Este ano disputado num percurso diferente. Nao vai haver ligação a Santarem e a subida do caracol. A ponte velha esta encerrada para obras.

Espero que esteja um dia como o de hoje. Se estiver, estao reunidos todos os ingedientes para uma exelente jornada.

A semana foi atribulada. Depois da anterior ter sido boa, no passado Sabado comecei a sentir sintomas de gastroentrite. Sem apetite, muita sonolencia e uma ligeira febre. Estive assim até 2a feira. Senti-me recuperado na 4a feira, mas 5a apareceu-me uma ligeira dor de garganta. Reflexo de algumas doenças da miudagem cá de casa. Para piorar o tema, ontem uma violenta dor de dentes. Algo que não tinha há muitos anos. Felizmente consegui tratá-la hoje de manhã.

A minha ideia original era fazer esta prova cansado. Servia de preparacão para o Triatlo Longo de Lisboa. Mas com tanto precalço de saúde, o treino foi sofrido e até me sinto bastante fresco:)

Acima de tudo vou procurar divertir-te!
Bons treinos
 

Monday, 7 March 2011

Resistência Mental

“Strange ironies in this strange life that those who work the hardest, who subject themselves to the strictest discipline, who give up certain pleasurable things in order to achieve a goal are happiest men”.

Brutis Hamilton 1952

“Hard work is a key element to mental toughness. The simple and most well-known tool to building mental toughness is killer training sessions”

Na semana que passou dei por mim a ler um artigo sobre resistência mental. Em cima estão algumas das passagem que achei mais interessantes. Sem querer, acabei por fazer uma auto reflexão.

Este ano ainda não encontrei a motivação (ou as condições) para estes “Killer Workouts”. Já fiz alguns, mas mais “sem querer, do que planeados.

Recordo outros anos em que mesmo com noites péssimas me conseguia levantar de madrugada e correr 1h30m com trabalho de series incluído”. Em certos momentos cheguei mesmo a exagerar. Andava demasiado cansado. Mas o que é certo é que o conseguia.

Este ano está difícil. Mesmo sabendo que o Triatlo Longo de Lisboa está a menos de 8 semanas de distância e que gosto de me apresentar em condições. Tenho treinado menos tempo e com menor intensidade.

Paralelamente ando introspectivo. Reflicto sobre a importância e o lugar do Triatlo na minha vida. Já são 9 anos de amor!

Sem duvida que é um lugar importante. Ajuda a dar sentido aos meus dias. A estar focado em algo. A chegar ao fim do dia com a sensação que os dias tiveram mais intensidade e cor. Foram mais preenchidos.

Muitos de nós têm estas “pancas” que julgo benignas! Pergunto por vezes (raras), porquê no meu caso me deu para isto? Mas a resposta é irrelevante! Honestamente, nem procuro uma resposta. Seria sempre algo relacionado com actividade física ao ar livre.

Continuo a gostar muito da modalidade e a usufruir da disponibilidade energética que a boa forma física proporciona. A gostar do estilo de vida.

E mais importante que encontrar a motivação para os “killer workouts” é manter-me ligado á modalidade. Manter o exercício físico. Participar nesta e naquela prova. Desfrutar da competição. Seja o lugar mais atrás ou mais à frente.

Bons treinos e bom Carnaval!

Monday, 21 February 2011

Entrada na Quarta Decada

A semana que passou marcou a minha entrada nos 40 anos! Sem duvida, um belo número.

Durante a mesma, recebi uma nova publicação da Inside Triatlhon. Por coincidência, no final vem um artigo do Tim Deboom (duas vezes vencedor do Ironman do Hawai) sobre isso mesmo. A entrada nos 40 anos.

O artigo associa a idade à carreira dele como atleta. Nesse sentido, não me revejo nele. Mas a mensagem que transporta é interessante!

Regra geral na vida devemos ser positivos. Tentar ser optimistas. Procurar sempre algo de positivo em todas as situações. Encarar a adversidade como um desafio.

Diz ele que dos 20 aos 30 não sabemos nada da vida, dos 30 aos 40 procuramos o nosso lugar na sociedade e que a partir dos 40 passamos a desfrutar a vida!

Gostei desta forma de ver as coisas! Parece que vou começar a desfrutar:)

Em termos de treino, o inicio da semana estava reservado a recuperar do Duatlo das Lezírias. Quarta-feira já me sentia ok e o final da semana correu bem!

A idade parece não pesar! Bem, agora vou disfrutar:)

Bons treinos!

Tuesday, 15 February 2011

Vendaval na Lezíria!




Este fim-de-semana que passou marcou o meu regresso à competição. Duatlo das Lezírias. A minha primeira prova de 2011. A minha primeira prova como veterano!

É uma prova sempre nostálgica. É a prova do local do clube e foi aqui que tomei contacto com a modalidade. Já lá vão 9 anos.

Embora a motivação hoje seja muito diferente da inicial, já tinha saudades de voltar a competir. O objectivo este ano era não sofrer muito (ainda tenho a ilusão que é possível)! O ano passado sofri a bom sofrer no ciclismo para não perder o grupo onde ia. Nestas primeira prova levamos o corpo a intensidades que raras vezes existem em treino. Os primeiros impactos são difíceis de gerir. Mas o corpo tem memória. Adapta-se.
Este ano não me sentia com uma pré disposição sofredora. Devem ser sinais da idade

Cheguei cedo. Muito cedo. A ideia era evitar a confusão e fazer 1 h a rolar antes da prova para reconhecer o percurso. O piso do estradão estava ligeiramente molhado mas em excelentes condições. A zona do Valado tinha sido arranjada e estava bastante aceitável. O vento soprava de SUL com muita intensidade e pairava a ameaça de chuva.
Pensei, optimisticamente, que o vento SUL até era positivo. Demoro a aquecer a máquina. Seria mais fácil ir nas rodas no inicio do segmento de ciclismo com vento pela frente.

Mas tudo se alterou. A chuva começou a cair. Primeiro devagar e depois com muita intensidade. Dificultou o aquecimento. O tiro de partida foi dado debaixo de vento e chuva intensos. Comecei atrás. A estratégia era ir indo de trás para a frente. Com paciência. E assim foi. Fui sempre a recuperar lugares até à T1.

As dificuldades iam começar. A chuva intensa soltou a terra do estradão. O vento batia de frente com muita força. Era quase impossível seguir nas rodas. Havia demasiada lama. Por vezes não via nada tal era a quantidade de lama que tinha nos olhos. Decidi fazer a minha prova. Ir ao meu ritmo.
Ia animado quando cheguei á zona do Valado. Vinha a rolar bem e a recuperar lugares. Pensei que agora ia ter o vento pelas costas, iria ser a parte mais fácil.

Enganei-me totalmente. Com a chuva e a passagem de tantas rodas, algumas zonas estavam transformadas num lamaçal autêntico. Não me adaptei bem e perdi algumas posições. Paralelamente, travei por momentos uma batalha psicológica interna. Pensar que teria que passar novamente por ali na volta seguinte pareceu-me uma tarefa herculeana. Mas cerrei os dentes e continuei a dar aos pedais.

Abordei a segunda volta com precaução. Felizmente o tempo mudou e o vento começou a rondar ao Norte. A chuva parou. Continuei a bom ritmo e para surpresa minha as condições no Valado tinham melhorado bastante. Desta vez passei o mesmo com alguma facilidade e cheguei à T2

A última corrida foi em gestão contínua. Ia bastante preso de inicio, mas ao fim de 1km comecei a soltar-me. No entanto, apareceram as ameaças de cambreas e tinha que ir a dosear o esforço.

No final, uma grande empeno. Mas novamente aquele sentimento de grande satisfação. Tinha terminado num resultado dentro do meu valor. Mas acima de tudo, uma prova para nunca esquecer tal foi a dureza da mesma. Este "velho" corpo ainda aguenta muito empeno:)

Agora é esperar pelos Triatlos!!

Bons treinos

Monday, 31 January 2011

Masters de Natação - Uma boa experiência



Como comentei no meu post anterior, este fim-de-semana participei pela primeira vez num Masters de natação. Duas provas. 400m livres no Sábado de manhã e 100m livres no Sábado a tarde. Foi uma excelente experiencia.

Participei pelo Sport Algés e Dafundo. Foi o ponto mais alto da minha carreira de desportista:). Nadar na equipa de ex nadadores Olímpicos. Casos do Bessone Bastos e do Miguel Cabrita. O convite partiu do meu irmão Tiago que foi atleta do clube durante alguns anos.

Mas não, não tinha nenhuma responsabilidade em alcançar bons resultados. Primeiro porque esse não é o espírito e segundo, porque o meu nível de natação é limitado. Eu e bons resultados nesta modalidade não é de todo possivel:)

Tinha estabelecido objectivos. Aproximar-me dos 6m aos 400m e do 1m15s aos 100m. O meu treino de natação tem andado pouco consistente. Alterno boas semanas com semanas fracas. Apesar de não ter treinado especificamente para estas provas nem nunca ter feito as marcas em treino, confiava no “hype” da competição para me superar. Mas não, não aconteceu. Fiz 6m15s aos 400m e 1m18s aos 100m.

Concluo que existe sim superação, mas não funciona da mesma forma. O facto de serem provas curtas altera as regras. No meu caso, no atletismo, se suportar uma determinada intensidade durante 20m em treino significa que o faço em prova durante 40m. Ora se aplicar a mesma lógica na natação, era realista chegar perto dos 6m aos 400m. Em treino faço menos de 3m aos 200m. E até passei com 3m01s aos 200m. Mas depois, quebrei.

Outra diferença grande vem do aquecimento. O aquecimento para provas curtas deve ser bastante intenso. É preciso entrar com tudo desde o primeiro segundo. Neste tipo de evento, com tanta gente na piscina, é difícil aquecer bem. Alem disso, o intervalo entre o aquecimento e as provas pode ser muito grande. No caso dos 100m foi de 2h.

Outro dado que pode fazer diferença é o taper. O típico taper de natação é bastante longo. Mais uma vez, a lógica de ter que entrar com tudo desde o inicio, impera. Não e recomendável ir fazer series a pista no dia anterior, como fiz:(

Agora é aprender a virar de cambalhota e treinar melhor para uma próxima oportunidade atingir os tempos a que me propus!

É uma experiencia a repetir!

Bons treinos

Tuesday, 25 January 2011

Faz o que eu digo. Não faças o que eu faço!


Uma das ideias que reforço constantemente a quem treina com regularidade é respeitar sempre a progressividade das cargas. Evitar aumentar bruscamente o volume de treino de uma semana e/ou sessão para outra.

Ser consistente e paciente é uma das chaves do sucesso. Fazer aumentos bruscos das cargas pode criar lesões, doenças e sintomas de “overtraining”. Limita a progressão da condição física no longo prazo. O treino deve moer, não esgotar!

Foi aquilo que não fiz este Domingo. Aproveitando um treino de equipa do clube, acabei por fazer quase 100km de bicicleta a um ritmo razoável. O máximo que tenho feito nos últimos meses são 60km a ritmos baixos. O “empeno” foi muito grande. Os últimos 10km foram penosos. Já não tinha “nada no corpo”, nem posição na bicicleta e tive que pedalar contra vento…gelado! Cheguei esgotado. Completamente! E com uma ligeira infecção respiratória (já cá andava. Apanhei do pequeno).

Como consequência vou ter que andar a recuperar esta semana toda. Quando não era suposto. Só 5ª feira devo estar apto a suportar algo mais intenso!

Já tenho idade para ter juízo!

Recentemente estava a ler um artigo sobre a importância da recuperação.
É óbvio para qualquer comum mortal que fazer uma prova de Iron Man (3,8km a nadar + 180Km de bicicleta + 42km) é um desafio no mínimo arrojado! É algo que depois de terminado deixa o corpo num estado lastimoso. O massacre é muito grande.

Se vos disser que começa a ser comum entre Triatletas profissionais fazerem este tipo de provas com menos de 1 mês de intervalo, é no mínimo surpreendente. Há quem as faça em semanas consecutivas! Se até aqui me pareciam situações pontuais, começa a ser regra geral. Mesmo em Portugal.

É verdade que o treino faz “milagres”. E que estamos a falar de super atletas que treinam muitas horas. Embora a recuperação seja algo muito pessoal de cada um, são opções questionáveis. O senso comum recomenda 3 semanas de treino sem intensidade após uma prova destas. E só voltar a competir passados 3 meses. Duas provas “a sério” por ano.

Acredito que por trás desta nova tendência, existam questões económicas e o próprio prazer de competir. Há atletas que adoram competir. Só o fazerem duas vezes por ano é muito frustrante.

No entanto há que ter sempre presente que o preço de não recuperar devidamente pode ser o encurtamento prematuro da carreira.
 A ver se esta sessão de Domingo não vai terminar prematuramente com a minha carreira desportiva:). Sonho ser campeão no escalão 80-84anos!

Thursday, 20 January 2011

Algum Desapontamento

A semelhança da semana anterior, desportivamente falando, esta (a 2ª do ano) também foi boa. Das sessões planeadas, apenas falhei uma. Mas o corpo não está a responder bem. Desde 5a feira que ando com uma ligeira sinusite (algo que desde o ano passado surge a espaços) e o treino de Domingo foi um mau indicador. A sessão em si não tinha dificuldade de maior. Mas fiquei extremamente cansado. Um indicador que o corpo está a pedir descanso. Não era suposto ser já assim.

A verdade é que as noites continuam muito mas. Não há forma de melhorarem. Decepcionante. Não creio que vá melhorar tão cedo. A solução é reduzir a intensidade do treino e fazer semanas fáceis mais vezes.

Entretanto, já tenho o meu processo de licenciamento concluído. E desta vez, também na Federação de Natação. Tenciono participar no Masters de natação de Inverno. Dia 29 e 30 deste mês. Estou inscrito nos 400m e nos 100m. No Sábado. A ideia é experimentar algo diferente. O objectivo e aproximar-me dos 6m aos 400m e baixar 1m15s ao 100m.
Por este motivo, e por questões de logística familiar, vou abdicar do Duatlo do Jamor.

Entretanto, e no seguimento do post anterior, ao ler o artigo sobre o Bevan Docherty, houve uma afirmação que me chamou particularmente a atenção. O lema dele é “The pain of regret is far bigger then the pain of pushing yourself“. Interessante!

Por experiência própria sei que o sofrimento nestes desportos de resistência pode ir a limites impensáveis. Os grandes atletas de resistência têm uma capacidade de sofrimento impressionante. Saber sofrer é algo que se treina. É uma “guerra” psicológica. Todas as ajudas são bem-vindas. Uma muito comum é o chamado “Positive Talk”. O tentar manter a mente em pensamentos positivos nesses momentos. Evitar entrar em modo negativo. Já estou a imaginar o Docherty nos últimos km de um Triatlo Olímpico, a entrar numa zona de sofrimento muito própria e a repetir para ele mesmo o seu lema n vezes!

Bons treinos

Monday, 10 January 2011

Back to workout!

Novo ano, vida nova! Pelo menos no que diz respeito à primeira semana do ano. Uma semana de loucos.

Desportivamente falando, correu bem. Praticamente cumpri o planeamento. E, mais importante que isso, com vontade. Com motivação. As intensidades de treino são baixas. A maior dificuldade em cumprir o plano é mesmo fazer as sessões. Essas em si, são relativamente fáceis de executar.

Profissionalmente foi uma semana tremenda. Por diversos motivos, o trabalho foi sempre a 100 á hora! Sem parar. Se a isso somar algumas noites caóticas, quase sem dormir, posso quase afirmar que 2011 começou com umas das mais intensas semanas que me recordo. No final do dia de 6ª feira, estava num estado caótico. Física e psicologicamente. Mas vivo como nunca. A viver como nunca. Gosto destas semanas.

E ainda tive direito a brinde no fim-de-semana. O meu bebé começou a dar os primeiros passitos! Ainda não é bem andar, mas não vai demorar muito!

Entretanto, recebi a revista Inside Triatlhon com o resumo de Kona 2010. Tem alguns artigos interessantes. Um que gostei particularmente foi sobre o Neo Zelandês Bevan Docherty.
È um atleta que admiro. Muito low profile, mas com uma capacidade de ter desempenhos ao mais alto nível sempre que é realmente preciso. Que falem as suas duas medalhas olímpicas. E o titulo de campeão do Mundo ITU conquistado na Madeira.

No meu entendimento, ele está em termos regulares, um “furo” abaixo do Xavier Gomez e do Alister Brownlee. Considero que estás naquele grupo imediatamente a seguir a estes. Muito perto do Jan Frodeno.
O objectivo dele é ser campeão Olímpico em 2012.
É um exemplo de alguém que vê sempre algo positivo mesmo na adversidade. Quando questionado sobre o 3º lugar na China, responde que o positivo desse resultado é encontrar nele a motivação suficiente para ser campeão Olímpico em 2012!

Os entendidos em Triatlo poderão pensar que ele dificilmente será campeão. Que se tudo se mantiver como em 2010, o Gomez e o Brownlee serão os mais sérios candidatos. Sim, concordo. Mas, como é dito ao longo do artigo, o próximo campeão olímpico vai emergir da conjugação de duas situações:

> Não se “queimar” (burnout) nem lesionar em 2011 e inicio de 2012;
> Saber estar ao mais alto nível no dia da prova;

Já vimos isto suceder em 2010 com o Frodeno. Havia candidatos mais fortes. O Docherty com a experiencia que tem e com as provas já dadas, pode muito bem vir a ganhar. Como diz alguém que conheço, o importante é:

“Keep the eyes on the ball”.

Bons treinos!